Alguns bancos precisarão de cerca de R$ 15 bilhões de capital adicional para atender às novas regras do Acordo de Basileia 3,
entre 2017 e 2019, anunciadas hoje (1º) pelo Banco Central (BC). A
informação é do diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação do
Sistema Financeiro, Luiz Awazu Pereira da Silva.
O acordo define uma série de regras para garantir que instituições
financeiras tenham capacidade de absorver choques em momento de crise,
com melhora na estrutura de capital dos bancos. Essas recomendações
surgiram como resposta à atual crise econômica internacional. As
economias integrantes do G20 assumiram o compromisso de implementar as
recomendações de Basileia 3.
De acordo com Awazu, nenhum banco terá que levantar capital
adicional entre 2014 e 2016. Já em 2017, alguns bancos vão precisar, no
total, de R$ 2,9 bilhões. Em 2018, serão necessários R$ 5,1 bilhões e,
em 2019, R$ 6,7 bilhões.
Awazu acrescentou que as regras prudenciais no Brasil estão bem próximas das do Acordo de Basileia 3.
“A regulação prudencial no Brasil não seguiu a tendência de retração
nos anos 1990 dos países avançados que os levou à crise. O nosso
sistema financeiro nacional não tinha e não tem as características que
levaram à crise financeira global, como pouco capital, provisões
insuficientes, alavancagem excessiva, ativos de grande complexidade,
interconectividade global, o que dificultou a resolução de falências
bancárias”, disse. O diretor acrescentou que o Brasil sempre dispôs de
“melhor supervisão e mais forte regulação do que os países avançados”. ABr
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