A América Latina se mantém como a região do mundo com maior desigualdade
de renda, e o Brasil aparece em quarto, apesar das melhorias nesse
setor na última década, informou nesta quarta-feira uma fonte do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo dados do PNUD, Honduras, Bolívia, Colômbia, Brasil e Chile
são os países mais desiguais por renda. Já as nações de menos
desigualdade são Nicarágua, Argentina, Venezuela, Uruguai, Jamaica e
Peru.
"A América Latina continua sendo a região do mundo que tem, de longe,
a mais alta desigualdade", anunciou o coordenador do Relatório Nacional
de Desenvolvimento Humano da Colômbia 2013, Hernando Gómez, em uma
entrevista coletiva.
Essa circunstância se mantém, embora na América Latina, "pela
primeira vez em quatro décadas", durante os dois últimos anos a
desigualdade na distribuição de renda "tenha diminuído", o que não
aconteceu em nenhuma outra parte do mundo, destacou Gómez.
Segundo o assessor do PNUD, que apresentou no Panamá o Relatório
Mundial de Desenvolvimento, a desigualdade na América Latina se deve ao
fato de ser a região com mais milionários do que em outras áreas do
mundo.
Na região, em seu conjunto, "a desigualdade diminuiu" e isso "deve
ser comemorado e valorizado", comentou o representante do PNUD.
A queda na desigualdade se deve, principalmente, ao aumento no nível
educacional, à melhora no sistema de saúde e a um maior acesso ao
emprego, além dos programas públicos de transferência de renda. AFP
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