Comércio diz que governos foram relapsos na fiscalização da extração da areia

 
          Parte considerável da culpa pelo problema do abastecimento de areia que está ocorrendo atualmente, devido à suspensão judicial  de três empresas que operam no rio Jacuí, é de responsabilidade dos órgãos estaduais e federais responsáveis pela área de recursos naturais, que foram relapsos na fiscalização das atividades, avalia o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Louças, Tintas e Ferragens de Porto Alegre, Leonardo Ely Schreiner, com mais de 50 anos de atuação no mercado de materiais de construção. “A exploração irregular desse material é de todos conhecida há mais de 15 anos, sem que fosse coibido o verdadeiro roubo que se praticou no setor, o que gerou problemas ambientais, como o desaparecimento de praias, ilhas e arborização junto com a sonegação tributária”. A consequência da decisão judicial de suspender a retirada de areia agora levada a efeito, na opinião de Schreiner, é de colapso no abastecimento desse insumo essencial para a atividade da construção civil e da construção pesada, podendo comprometer inclusive as obras de preparação para a Copa de 2014. Além do esgotamento dos estoques do material em poder do comércio atacadista e varejista, aponta para a tendência de elevação do seu preço, em virtude de se utilizar transporte rodoviário para mitigar em parte a falta do insumo, nesta semana, afetando  os custos dos construtores que têm contratos firmados e comprometendo a continuidade de obras essenciais. “Ninguém, de sã  consciência, pode ser contra a preservação ambiental mas espera-se que as decisões das autoridades tenham um mínimo de racionalidade, devendo também considerar os interesses das atividades por elas afetadas, mantendo efetiva fiscalização, inclusive à noite”, finaliza. (Todt)
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