Os advogados de Katia Rabello pediram, em embargo de declaração
apresentado nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), a
redução das penas aplicadas à ex-presidente do Banco Rural. Ao final do
julgamento do mensalão no ano passado, Katia foi condenada a mais de 16
anos de reclusão por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação
de quadrilha e evasão de divisas. De acordo com os advogados, o acórdão
do julgamento apresenta "contradições, obscuridades e omissões".
Os defensores consideraram a pena aplicada a Katia "injusta e
desproporcional". "A pena cominada a Kátia Rabello -- a quarta maior do
julgamento -- lhe confere uma condição de protagonismo que não tem
conexão com a realidade", escreve o advogado José Carlos Dias.
O defensor alega que Katia não foi acusada de "corrupção, peculato ou
qualquer ato envolvendo desvio de dinheiro público", tendo sido
condenada por "práticas bancárias tidas como ilícitas". "(Katia Rabello)
Não tinha ciência e não participou de qualquer esquema de corrupção de
membros do Congresso", afirma Dias.
Outro ex-dirigente do Banco Rural, José Roberto Salgado, também
entrou nesta quinta com recurso no Supremo. O advogado de Salgado,
Márcio Thomaz Bastos, afirma que "obscuridades e omissões" identificadas
no acórdão precisam ser sanadas, o que "deve conduzir à revisão da
dosimetria aplicada e à consequente redução da pena". À época do
julgamento do Mensalão, Salgado foi condenado a mais de 16 anos de
reclusão, pelos mesmos crimes de Katia Rabello. No embargo de
declaração, Marcio Thomaz Bastos classifica a pena aplicada ao
ex-dirigente do banco de "elevadíssima e injusta".AE
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