A estratégia de policiamento ostensivo adotada pela Brigada Militar foi
considerada fundamental pela cúpula da Segurança Pública para evitar
saques ao comércio e maiores danos aos patrimônios público e privado
durante os protestos da quinta-feira (27). Essa foi a avaliação do chefe
do Estado Maior da BM, coronel Alceu Freitas, e do diretor do
Departamento de Polícia Metropolitana da Polícia Civil, delegado Antonio
Vicente Nunes, que concederam entrevista coletiva nesta sexta-feira
(28), no QG da BM, na Capital.
Freitas afirmou que a reorganização do efetivo após a manifestação
minimizou os prejuízos causados pela ação de vândalos. Das 18 pessoas
detidas, cinco foram presas em flagrante durante a manifestação na Praça
da Matriz e em outros bairros. Ao contrário dos protestos anteriores,
Freitas destacou que o trabalho ostensivo dos policiais na mobilização
popular - que reuniu 5 mil participantes - e as medidas preventivas,
como revistas em suspeitos, evitaram danos maiores.
O oficial
revelou preocupação com a reação de moradores da Cidade Baixa, que se
organizaram em grupos para impedir o vandalismo no bairro. "A nossa
orientação aos moradores ou associações de bairros é de que não tenham
esse tipo de atitude. Queremos interagir e coletar informações para
poder qualificar o nosso trabalho". Apesar das depredações, nenhum saque
a estabelecimentos comerciais foi registrado.
Informou ainda que
os policiais foram aplaudidos pelos moradores, o coronel classificou
como positiva a atuação da BM para coibir a ação de vândalos. Além de
garantir que qualquer excesso cometido por policiais será apurado pela
corporação, Freitas explicou as estratégias para as possíveis
mobilizações da próxima semana: "nossa ideia é qualificar a patrulha
motorizada e a pé, a fim de dar uma resposta mais rápida nos locais onde
estiverem ocorrendo problemas", disse.
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