Sindicato de lojistas estima prejuízo de R$ 2 milhões em Porto Alegre

 
Loja de artigos esportivos foi arrombada no Centro de Porto Alegre durante manifestação (Foto: Vinicius Rebello/G1)Loja de artigos esportivos foi arrombada no Centro de Porto Alegre  (Foto: Vinicius Rebello/G1)
O prejuízo ao comércio de Porto Alegre com as últimas manifestações ultrapassa os R$ 2 milhões, segundo levantamento do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre. Assustados com as cenas de violência durante os atos, comerciantes estão fechando mais cedo, o que provoca queda de 60% no faturamento. Além disso, vândalos se infiltram em meio ao manifesto para pichar e saquear os estabelecimentos, provocando danos em cortinas de ferro, vidros, fachadas e equipamentos.
O comércio na Rua Doutor Barcelos foi um dos mais atingidos durante o ato de segunda-feira (24). Só naquele trecho na área Central da capital, pelo menos quatro estabelecimentos foram arrombados e saqueados.
Na Zerouno, loja de pequeno porte especializada em roupas e calçados esportivos, o prejuízo ultrapassou os R$ 60 mil, conforme o gerente Marcos Hartstein. Os vândalos arrombaram a cortina de ferro por volta das 22h e invadiram o local. Até as roupas que estavam nos manequins foram roubadas.
"O que não roubaram, eles destruíram. Será difícil nos recuperarmos", disse ao G1 o funcionário da Zerouno.
Ataque provocou um prejuízo de R$ 300 mil na Multisom, diz o supervisor Miro Schinoff (Foto: Vinicius Rebello/G1)Ataque provocou prejuízo de R$ 300 mil na
Multisom, diz o supervisor Miro Schinoff
(Foto: Vinicius Rebello/G1)
Na Multisom, também na Rua Doutor Barcelos, o ataque dos vândalos provocou um prejuízo de R$ 300 mil, conforme o supervisor Miro Schinoff. "Foi feia a coisa aqui. Roubaram telefones celulares, notebooks, televisores e diversos instrumentos musicais.
  • Segunndo a polícia, 103 pessoas foram detidas por furto, roubo, formação de quadrilha e danos ao patrimônio público e privado. A ação da polícia será detalhada somente em entrevista coletiva na tarde desta terça.
Registros de vandalismo
De acordo com o Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (Ceic), 17 contêineres foram queimados ao longo do percurso dos protestos. Durante o dia, foram retirados das ruas cerca de 80 lixeiras para evitar que o mesmo ocorresse. Uma banca de revistas também acabou incendiada nas proximidades do Hospital Santa Casa de Misericórdia. O Corpo dos Bombeiros foi acionado para controlar o fogo. Os bombeiros foram acionados para um total de 33 ocorrências.
Agências bancárias tiveram seus vidros quebrados. Uma concessionária de veículos foi depredada na Avenida João Pessoa. Na Cidade Baixa, carros foram chutados e um chegou até a ser arrombado, paredes foram pichadas e contêineres foram derrubados e depredados.Segundo comandante do Estado Maior da Brigada Militar, Alfeu Freitas Moreira, uma pessoa ainda foi presa portando uma TV de LCD furtada de uma loja de eletrodomésticos na Rua dos Andradas.
Antes, perto da Usina do Gasômetro, um pequeno grupo de jovens chutou placas de sinalização de trânsito, quando foram repreendidos por outros manifestantes.
Na última quinta-feira (20), a manifestação contou com a participação de cerca de 20 mil pessoas. Após começar de forma pacífica, atos de vandalismo foram registrados.
Concentração começou de maneira pacífica
Com cartazes e causas que iam de críticas contra a Copa e o transporte público, passando por reintegrações de posse, maus-tratos aos animais, PEC 37, manifestantes voltaram a se reunir em frente à Prefeitura de Porto Alegre no fim da tarde desta segunda-feira.
Para acompanhar o protesto, foram utilizadas 658 câmeras da EPTC e da Guarda Municipal e 48 câmeras do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). Pelo menos 200 agentes da EPTC foram às ruas do Centro de Porto Alegre para orientar os motoristas sobre mudanças no trânsito e desvios em função do protesto. G1 e agências/ Foto: G1

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