Cerca de 335 mil peregrinos vindos de 175 países se inscreveram para
participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio. Os números
totais foram divulgados nesta terça-feira, 23, pela organização do
evento. Como as inscrições ainda estão abertas até o fim de semana, a
expectativa é de que o número de inscritos supere o da última edição, em
Madri, onde 415 mil pessoas se inscreveram oficialmente em 2011, sem
contar os voluntários.
Segundo a irmã Shaiane Machado, diretora de Inscrições da JMJ, a
organização acredita que vários brasileiros que ainda não chegaram ao
Rio devem fazer suas inscrições ao longo da semana. "Sabemos que é
costume do brasileiro chegar sem inscrição prévia. Como muita gente vai
vir só para o fim de semana, ainda teremos muitas inscrições até lá",
afirmou.
Os organizadores do evento não souberam informar quantas inscrições
houve nas edições anteriores da Jornada, que começou em 1986, em Roma.
Os únicos números informados pela Igreja são os do total de
participantes nos principais eventos, que agrega também os moradores das
cidades-sede e quem viajou sem fazer inscrição oficial. O recorde até
hoje é de Manila, capital das Filipinas, que recebeu a JMJ em 1995, com 5
milhões de pessoas. Madri e Roma registraram 2 milhões.
No Rio, a estimativa é que entre 2 milhões e 2,5 milhões participem
das atividades ao longo desta semana. A nacionalidade com mais inscritos
até agora, com 220 mil jovens, é a brasileira. Desses, 60%, são
provenientes da Região Sudeste. "A facilidade de transporte ajuda",
disse a irmã Shaiane. Após o Brasil, vem a Argentina, terra natal do
papa Francisco, com 23 mil inscritos. Seguem então outros países, como
EUA (10,8 mil), Chile (9,2 mil), Itália (7,7 mil) e Venezuela (6,2 mil).
Depois, vêm França, Peru, Paraguai e México. As mulheres são maioria
(56%) e a faixa etária média é de 14 e 25 anos. Mas 10% dos peregrinos
que se inscreveram oficialmente têm mais de 45 anos. "O que importa é
ter um coração jovem", afirmou a religiosa.
A maior parte dos peregrinos que vieram para a JMJ está se
hospedando em instituições e entidades cadastradas pela Igreja. São 227
mil vagas nessa situação, para dormir em escolas, paróquias e outros
locais espalhados pelo Rio e por outros municípios da região
metropolitana. Outros 127 mil deverão ficar em casas de família, que se
voluntariaram nas paróquias locais. "O número de peregrinos poderia
ainda ser maior. Estamos com uma crise na Europa, e o custo de uma
viagem internacional dessas é muito alto", disse a irmã Graça Maria,
diretora de Hospedagem da JMJ. AE
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