O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), reagiu nesta quarta-feira à mobilização de algumas alas do PT favoráveis ao retorno das alianças programáticas e ao rompimento com a sigla do vice-presidente da República, Michel Temer, para a sucessão presidencial de 2014. Apesar da tese ter sido barrada pela direção nacional do PT, a proposta gerou desconforto no principal aliado do governo Dilma Rousseff. "Essa aliança tem que ter os dois lados: o PT querendo e o PMDB querendo. O PMDB pode querer ou não, vai depender do seu momento apropriado para discutir. Neste momento ainda está querendo", respondeu.
Para o peemedebista, alguns petistas trabalham para "espantar o PMDB da aliança" e acabam adotando a estratégia de "gritar xô na hora de pegar o passarinho". Em sua avaliação, aliança política é como o casamento, "precisa ser cultivada e manter o clima". "Ninguém vai achar que vai ter aliado dando porrada. Se está difícil sem dar porrada, imagine dando porrada", afirmou.
O texto final da resolução aprovada pelo PT retirou o trecho que impunha restrição à política de alianças para a sucessão presidencial. Cunha, no entanto, evitou comentar detalhes do documento. "Não cometeria essa indelicadeza de comentar o que os outros decidem ou deixam de decidir. Até porque na hora em que o PMDB quiser decidir alguma coisa e alguém comentar, a gente vai bater", justificou.
O deputado também rebateu o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), que teria declarado recentemente que o PMDB é "mais problema do que solução". "Ele (Tarso) não vive um bom momento no Rio Grande do Sul não, sabe? Acho que ele tem uma reeleição difícil lá. Acho que ele deveria se preocupar mais com o quintal dele lá, que me parece que não está bem", alfinetou. AE
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Jornalista Valéria Reis
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