O papa começou o discurso fazendo referência a São Francisco de Assis, patrono da ordem religiosa que mantém o hospital, onde a unidade inaugurada atenderá 70 dependentes químicos, entre eles usuários de crack. “Quero abraçar a cada um e a cada uma de vocês, que são carne de Cristo, e pedir a Deus que encha de sentido e de esperança segura o caminho de vocês e também do meu. Abraçar, abraçar...precisamos todos aprender a abraçar quem passa necessidade, como fez São Francisco de Assis”, declarou.
Durante a solenidade, que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, Francisco ouviu atentamente do arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, e do padre Manuel Manganão, da Pastoral da Sobriedade, relatos sobre o trabalho de assistência aos dependentes químicos prestado pela Arquidiocese do Rio, em colaboração com órgãos federais e estaduais e a iniciativa privada.
Os momentos mais emocionantes foram os relatos de dois ex-usuários de drogas submetidos a tratamento pelo Programa de Assistência a Dependentes da arquidiocese. Um deles disse que depois de passar 17 anos se drogando, mas há 11 anos está livre do vício. O outro declarou que parou de se drogar há pouco mais de um ano. Os dois ganharam presentes e foram abraçados pelo papa.
Em uma veemente condenação ao tráfico, Francisco condenou o egoísmo que prevalece no mundo de hoje e desafiou a sociedade a enfrentá-lo. “São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro, como a chaga do tráfico de drogas, que favorece à violência e que semeia a dor e a morte e que exige da inteira sociedade um ato de coragem”. ABr
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