Na última etapa de reuniões na Europa, o ministro das Relações
Exteriores, Antonio Patriota, obteve hoje (3) o apoio do governo da
Ucrânia à reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU) e à indicação do Brasil para um assento permanente no
órgão, em caso de ampliação da estrutura. Ao longo da semana, Patriota
recebeu apoio também das autoridades da Áustria, Dinamarca, Croácia e
Eslováquia.
A presidenta Dilma Rousseff e Patriota costumam reiterar nas viagens
ao exterior e em encontros com autoridades estrangeiras a necessidade
de ampliar o Conselho de Segurança. Dos 15 países do órgão, cinco são
membros permanentes – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e
China. Dez são membros rotativos, cujo mandato tem duração de dois anos,
e depois são substituídos.
A defesa de uma reforma do órgão faz parte da política externa
brasileira. Dilma e Patriota argumentam que o formato atual do conselho
não reflete o mundo contemporâneo nem as forças políticas. A estrutura
do Conselho de Segurança é dos anos de 1940, após a 2ª Guerra Mundial. O
Brasil defende mais espaço para as Américas, a África, a Ásia e o Leste
Europeu.
Porém, a reforma do Conselho de Segurança esbarra em questões de
políticas regionais, por isso a dificuldade de negociar um acordo em
busca de consenso. Nas Américas, por exemplo, existiria apenas mais uma
vaga. A disputa envolve o Brasil, a Argentina e o México, que querem
garantir espaço como membro titular do órgão. ABr
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