Cadeia da erva-mate debate desoneração de impostos, demanda e produção

Transmitido ao vivo pelo Canal Rural, durante a 36ª Expointer, o seminário debateu a articulação da cadeia da erva-mate. A integração entre produtores, indústria e governo foi apontada como estratégica à equalização de demandas futuras, aumento de produção e sustentação do produto mais tradicional do Rio Grande Sul.
Se de um lado o setor comemora a retomada da Câmara Setorial, a criação do Fundo de Desenvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva da Erva-Mate do Estado (FundoMate), a valorização do preço e outras políticas do governo que contribuíram na organização da cadeia, de outro luta pela desoneração de impostos federais, como PIS e Cofins.
"Não se pode trabalhar pensando que o produtor não tem a ver com a indústria e vice-versa. Temos de incidir junto ao governo Federal pela diminuição dos impostos e organizar o equilíbrio entre produção e demanda", disse o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio Luiz Fernando Mainardi, na abertura do evento.
No final do debate, Mainardi sugeriu que seja criado um grupo de trabalho (GT) responsável por discutir medidas emergenciais, como a elevação da produção de mudas no Estado. Segundo ele, a elevação do preço do quilo da erva-mate ao consumidor torna necessário o aumento da oferta.
O Fundomate, cuja lei foi aprovada no final do ano passado, deve contar com receita anual de R$ 3,5 milhões, numa parceria entre indústria e governo. O total de recursos só deverá ser atingido em 2014.
Até o final do ano, serão liberados R$ 500 mil. Um programa de desenvolvimento para o setor é costurado pela câmera setorial e tem como referência o modelo desenvolvido na chamada região do Alto Taquari do Estado, onde a produção de erva-mate tem a marca da sustentabilidade.
A estimativa é que em quatro ou cincos anos se aumente a produção. A erva-mate leva em torno de seis anos para produzir de forma viável. Outra grande meta será avançar na certificação; hoje, só cinco marcas têm.
Durante os últimos dez anos, o valor se manteve defasado, em torno de R$ 3 a R$ 4. "O produtor se sentiu desestimulado e acabou migrando para outras culturas, como a soja", disse Valdir Zonin, coordenador técnico da Câmara Setorial da Erva-Mate e secretário-executivo do fundo.
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