Por 22 votos a favor e 2 votos contrários, o nome do jurista Rodrigo
Janot Monteiro de Barros foi aprovado hoje na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) do Senado. A nomeação de Janot para procurador-geral da República depende agora da aprovação do plenário.
A expectativa é que a aprovação do nome de Rodrigo Janot no plenário
do Senado ocorra apenas na próxima semana, com quórum garantido. Os
senadores aprovaram urgência na tramitação, pois o cargo está vago desde
o dia 15 de julho, quando Roberto Gurgel, deixou a chefia da
Procuradoria-Geral da República (PGR), após quatro anos de mandato.
Em pouco mais de três horas de sabatina, Janot respondeu a questões
sobre diversos temas, como a Ação Penal 470, o processo do mensalão, por
exemplo. “Não tem que ter prioridade porque o sujeito é bonito ou feio,
isso não passa no figurino do [Ministério Público] MP. Tem que definir a
autoria e comparar os fatos com o arquétipo legal”, explicou.
Com um discurso pautado na defesa do diálogo e da transparência,
Janot recomendou mais negociações entre as autoridades brasileiras e
profissionais de saúde, ao se referir à polêmica envolvendo o Programa
Mais Médicos. Para ele, o diálogo e a ampliação das relações
institucionais fazem parte também da receita para que o MP amplie
resultados.
O jurista mineiro de 56 anos é especialista em direito comercial e
foi secretário de Direito Econômico no Ministério da Justiça em 1994. No
Ministério Público Federal (MPF), Janot ingressou em 1984, ocupando o
cargo de subprocurador em 2003. ABr
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