RS tem vantagens competitivas para desenvolver a Indústria Naval

 
            O Rio Grande do Sul reúne vantagens competitivas em relação a outros Estados para expandir sua indústria naval, visando o atendimento inclusive da demanda resultante do Pré-Sal, segundo avalia Cesar Prata, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Navais e de Offshore (CSEN) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
          Destaca que a primeira vantagem é a que o RS conta com um nível de escolaridade privilegiado, além de um setor acadêmico de peso, com boas escolas técnicas e universidades.
          “Outro fator é a enorme rede fluvial com fácil acesso ao mar, emprestando um grande potencial ao desenvolvimento da navegação nestas vias e da criação de novos centros de construção e reparação naval ao longo das margens com águas abrigadas”.
          No entanto, na opinião do dirigente, a maior vantagem gaúcha reside na grande tradição industrial metalmecânica de décadas. “Ao olharmos o que as milhares de indústrias locais já fazem hoje, temos a sensação de que tudo para navios poderá ser feito aqui mesmo. Só de fabricantes de máquinas, são 500 indústrias, o que representa 11% do total do Brasil”, compara.
          Lembra também que o Estado conta com uma longa tradição naval, exemplificando com o extinto Estaleiro Só, “do qual saíram navios para o mundo”. Na avaliação de Cesar Prata, o RS, pelas suas características, deveria se focar na construção de embarcações de maior valor agregado.
          Ao comentar a demanda prevista com a exploração de óleo e gás, o presidente da CSEN/ABIMAQ exemplifica que será preciso 100 plataformas de petróleo. E para mantê-las em operação, serão necessários mais de 500 barcos de apoio marítimo, outros quase 300 de apoio portuário, mais de 100 navios aliviadores (grandes navios tanque para trazer o petróleo das plataformas para a costa, pois estas acumulam apenas 6 ou 8 dias de sua própria produção), mais estaleiros de construção, bases de reparação e, para a segurança deste patrimônio, uma grande frota de barcos militares de patrulha e de dissuasão.
          Finalmente, aponta o potencial para a indústria naval representado pelas necessidades de embarcações decorrentes da maior utilização da navegação de cabotagem e hidroviária e pela reposição da atual frota brasileira. (Todt)

Share on Google Plus

About Jornalista Valéria Reis

    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário