A presidente Dilma Rousseff não confirmou nem negou que a expressão
"terrorismo" tenha sido usada pelo grupo dos maiores países emergentes,
os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para se referir
à espionagem supostamente feita pelos Estados Unidos. Ontem, o
porta-voz do gabinete presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que os
Brics teriam comparado a espionagem com "terrorismo". "Não vou dizer se
alguém falou ou não falou porque posso não ter ouvido. Mas acho
gravíssimo. É pior ou igual", disse Dilma.
Dilma afirmou que "não ouviu" o presidente russo, Vladimir Putin,
usar a expressão "terrorismo" ao tratar da suspeita de espionagem dos
Estados Unidos sobre terceiros países. "Você sabe que em uma reunião que
tem russo, chinês e indiano eu posso não ter ouvido. Mas eu acho
irrelevante essa comparação. É pior ou é igual. Acho que é gravíssimo
espionar um país democrático", disse Dilma antes de retornar ao Brasil
em entrevista no aeroporto de São Petersburgo.
"Não vejo como alguém defenda que espionar um país democrático,
espionar a privacidade de pessoas, dos cidadãos e quebrar a soberania de
um país possa ser algo simples", disse. "A gente tem de dar os nomes
que as coisas merecem. Terrorismo é terrorismo e espionagem de país
democrático é espionagem. Sem julgamento de valor", afirmou, ao comentar
que os líderes dos cinco maiores países emergentes "não estavam
satisfeitos" com o tema na reunião realizada ontem antes da abertura do
encontro de cúpula do G-20. AE
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