Leilões do pré-sal preocupam engenheiros da Petrobrás


          A Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul promoveu hoje (4) reunião-almoço do seu Conselho Deliberativo na sua sede social em Porto Alegre com apresentação do diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras, eng. Raul Tadeu Bergmann, sobre o tema “Pré-Sal: Oportunidade de Redenção Nacional”. Na oportunidade, o palestrante conclamou as entidades da engenharia a pressionarem no sentido da suspensão dos leilões de áreas do Pré-Sal que serão iniciados em outubro com o Campo de Libra, na bacia de Campos, a 183 km da costa do Rio de Janeiro. Reforçou que Libra, com reservas de até 12 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) é o maior campo de petróleo descoberto nas últimas décadas no mundo e que os valores que o Brasil receberá nesse leilão estão muito longe de corresponder ao potencial de sua exploração. Classificou o leilão de “crime de lesa pátria” e que a entrega do petróleo do Pré-Sal a valores ínfimos representará para o país perder a última chance para o ingresso em um efetivo processo de desenvolvimento sustentado. Revelou que a Associação, juntamente com outras entidades busca desenvolver ações para bloquear os leilões junto ao Congresso e outras autoridades. Destacou a importância do Pré-Sal que coloca o Brasil na quarta posição entre os países detentores das maiores reservas petrolíferas do mundo, atrás da Arábia Saudita, Irã e Iraque. A reserva do Pré-Sal já está dimensionada em 100 bilhões de barris avaliada em US$ 10 trilhões com potencial para chegar a 300 bilhões de barris sendo que 60 bilhões de barris já confirmados. Alertou que as dificuldades financeiras da Petrobras dificultam sua participação nos leilões e a importância do Pré-Sal pode ser comprovada com as ações de espionagem dos Estados Unidos junto às autoridades governamentais brasileiras. Finalmente, observou que o terceiro choque do petróleo previsto para ocorrer este ano só foi postergado devido ao esfriamento da economia mundial mas fatalmente irá acontecer com impacto na alta do barril e desequilíbrios econômicos em escala planetária a exemplo do que se verificou em 1973 e 1979. (Todt)

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