O líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE),
lamentou a criação dos Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e da
Solidariedade, este último encabeçado pelo deputado Paulo Pereira da
Silva (SP), o Paulinho da Força. Com a saída de Paulinho do PDT, a sigla
acredita que poderá perder cinco parlamentares para o Solidariedade e
pelo menos um para o PROS.
"Quem já tinha que ser convencido, foi. Agora é esperar 5 de outubro
(prazo final para a troca de partidos) para ver quantos sairão", disse
em tom de resignação. "Não há mais expectativas nem estratégias (para
segurar parlamentares)", emendou.
Nos corredores da Câmara dos Deputados o assunto da manhã desta
quarta-feira, 25, é o deferimento dos novos registros partidários pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Parlamentares que nas últimas semanas
mantinham discretas negociações para mudar de partido agora já falam
abertamente sobre a possibilidade de migrar. "Virou mercantilização",
criticou Figueiredo.
Até as legendas mais antigas estão se beneficiando com o clima de
troca partidária. Nesta manhã, o líder do PR na Casa, Anthony Garotinho
(RJ), se revezava entre ligações telefônicas e conversas ao pé do ouvido
com deputados interessados em mudar de sigla. "O que sai, entra. Se o
PR perder dois ou três (deputados), ganha cinco ou seis", afirmou. De
olho no palanque eleitoral de seu Estado, Garotinho tem atuado
abertamente para arregimentar parlamentares para o PROS, considerado por
ele potencial aliado na sucessão estadual no Rio de Janeiro.AE
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