A Anistia Internacional e o Human Rights Watch (HRW) pediram hoje
(17) que as Nações Unidas (ONU) levem as violações de direitos humanos
na Síria ao Tribunal Penal Internacional. O apelo das duas organizações
de defesa dos direitos humanos foram lançados em comunicados, após a
publicação do relatório de peritos da ONU, que confirmou o uso de armas químicas no ataque ocorrido nos arredores de Damasco no dia 21 de agosto.
Segundo os serviços de informações norte-americanos, o ataque provocou mais de 1,4 mil mortos,
incluindo crianças. Recentemente, Damasco aceitou desmantelar o seu
arsenal químico, tendo russos e norte-americanos chegado a um acordo
sobre a matéria no último sábado, mas as duas organizações de direitos
humanos consideram que os crimes de guerra não podem ficar impunes. "São
cometidos crimes quase diariamente na Síria", informou a Anistia
Internacional, ressaltando que a punição dos responsáveis "é aguardada
há bastante tempo".
Para o diretor do HRW Richard Dicker levar o dossiê sírio ao tribunal
é essencial para a Justiça. "Apreender as armas químicas, e não acusar
os que as usaram é uma afronta aos civis mortos", disse.
Os membros do Conselho de Segurança da ONU tentam chegar a acordo
quanto a uma resolução sobre o inutilização do arsenal químico
sírio, mas há divergências quanto à inclusão de uma ameaça de recurso à
força, caso o regime não cumpra o acordo.
A Human Rights Watch lembrou que tanto o regime quanto os rebeldes
que o combatem têm sido acusados de ter cometido abusos no conflito
sírio, que teve início em março de 2011, após a violenta repressão de
manifestações contra o regime de Assad. "Enviar o dossiê sírio ao
tribunal seria uma mensagem forte para todas as partes em conflito,
dizendo que crimes graves, cometidos em violação ao direito
internacional, incluindo crimes de guerra e crimes contra a humanidade,
não serão tolerados", afirmou. Lusa
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