Os candidatos da presidente argentina, Cristina Kirchner, sofreram uma dura
derrota nas eleições parlamentares de domingo, que sepultaram as chances de uma
eventual reforma constitucional para permitir à presidente buscar um terceiro
mandato consecutivo.
Os eleitores escolheram a metade dos deputados e um terço do Senado. Com 62
por cento dos votos apurados, o governo reconheceu que a oposição estava em
vantagem por todo país.
"Sete de cada 10 votos hoje foram conta o governo. Essa é uma vitória da
oposição", disse o analista político Rosendo Fraga.
Os resultados marcaram o início de uma transição de dois anos até as eleições
gerais de 2015, uma trajetória que deve ser marcada por disputas entre os
aspirantes a suceder Cristina ao mesmo tempo em que a economia sofre com sinais
de enfraquecimento devido à alta da inflação e à falta de investimentos.
Os candidatos da chapa governista Frente para a Vitória, a facção peronista
que governa o país, foram superados nas principais províncias argentinas.
Na província de Buenos Aires, o maior distrito da Argentina, o popular
prefeito da cidade de Tigre, Sergio Massa, obteve 43,6 por cento dos votos,
antes 31,8 por cento para o candidato de Cristina, Martín Insaurralde, com 70
por cento das seções de votação contabilizadas.
Os governistas também perdiam por margem ampla nos outros quatro distritos
mais populosos do país: Córdoba, Santa Fé, Mendoza e na Cidade de Buenos Aires (Reuters)
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