Especialistas descreveram o procedimento como de baixo risco com
prováveis resultados positivos. Entretanto, a cirurgia na presidente de
60 anos preocupou muitos argentinos. De acordo com fontes ouvidas pelo
jornal argentino Clarín, a presidente deu entrada na UTI às 7h35 desta
terça e começou a ser operada às 8h18. Pouco antes do meio-dia, o
governador de Buenos Aires, anunciou que os médicos finalizaram a
cirurgia.
O governador de Buenos Aires Daniel Scioli confirmou que a
operação terminou e que Cristina se recuperava da anestesia. "Recebemos
as primeiras informações de que terminou a operação e está se
recuperando da anestesia", disse Scioli.
O porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro, afirmou que
a cirurgia foi bem-sucedida. "Ela já está em seu quarto, recuperando-se,
e está muito bem".
Cristina Kirchner foi diagnosticada com "hematoma
subdural crônico", que significa líquido alojado entre o crânio e o
cérebro. Isso pode acontecer quando as veias finas que conectam a
superfície do cérebro com sua cobertura externa apresentam um vazamento
sanguíneo. Conforme as pessoas envelhecem, isso pode acontecer até mesmo
com um ferimento leve na cabeça.
No caso da presidente, os médicos inicialmente
prescreveram um mês de descanso, mas decidiram pela cirurgia depois que
ela reclamou de dormência e formigamento em seu braço esquerdo no
domingo. Uma equipe médica foi enviada para a residência presidencial,
confirmou os novos sintomas, e marcou a cirurgia na Fundación Favaloro,
um dos principais hospitais de cardiologia do país.
Em meio às mensagens de solidariedade, os críticos da presidente questionaram os segredos que rondavam a divulgção de seu estado de saúde
recentemente. Sua condição de saúde foi anunciada em um comunicado de
três parágrafos na noite de sábado depois que ela passou mais de nove
horas no hospital, atribuindo o ferimento a uma batida que Cristina deu
na cabeça em 12 de agosto. O comunicado não deu detalhes de como o
ferimento aconteceu, e as autoridades do governo se recusaram a
comentar.
Cristina Kirchner, sucessora de seu popular marido na
presidência, é a figura dominante na política da Argentina após seis
anos de mandato, e agora estará fora da campanha três semanas antes das
eleições legislativas.
Ao ser internada no hospital na segunda-feira, para o
preparatório da cirurgia, o vice-presidente Amado Boudou não fez nenhuma
menção à operação. Ele afirmou em um discurso que as autoridades sênior
governariam o país como uma equipe "enquanto ela tem o descanso que
merece". "O que Cristina quer é que mantenhamos o governo, e continuemos
nesse projeto que (seu marido) Néstor Kirchner começou e que Cristina
deu continuidade", disse Boudou, cuja popularidade despencou em meio a
denúncias de corrupção.
Não houve nenhum comunicado oficial sobre a transferência
de poder, mas há reportagens dizendo que Boudou assinou um documento
formal assumindo o controle por um breve período após seu discurso, e os
sites do governo descreveram-no como o "vice-presidente encarregado do
Executivo" na noite de segunda. AP e agências
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