Depois de fechar aliança com o Solidariedade e avançar nas
negociações com o PSD, o governador Sérgio Cabral (PMDB) deve fechar nos
próximos dias o apoio do PDT à candidatura de seu vice, Luiz Fernando
Pezão (PMDB), ao Palácio Guanabara.
Cabral
conversou na quarta-feira, 29, com o presidente nacional do PDT, Carlos
Lupi, ex-ministro do Trabalho. Segundo o líder pedetista, o governador
ofereceu ao partido uma vaga na chapa majoritária, de vice-governador ou
senador. Lupi disse que "a tendência é essa (de apoio a Pezão)".
O
PDT já faz parte da base do governo Cabral, onde ocupa duas
secretarias. Os pedetistas também foram procurados pelo PT, que
disputará o governo com o senador Lindbergh Farias. "Conversamos com o
PT, mas já temos uma aliança com o governador. Apresentei ao Cabral
nossas condições, de avanço da educação em tempo integral e da
participação na chapa majoritária. O mais provável é que o governador
dispute o Senado e o PDT fique com a candidatura a vice-governador",
afirmou Lupi.
Cabral acelerou as negociações com os
partidos na semana em que o PT rompeu a aliança com o PMDB no Estado e
promete devolver os cargos comissionados ocupados por petistas no Rio.
Dois dias depois de o PT comunicar a rompimento ao governador, Cabral
fez declaração pública de apoio à candidatura da reeleição da presidente
Dilma Rousseff e disse não ter "medo" da candidatura petista.
Para
Carlos Lupi, os baixos índices de intenção de voto de Pezão nas
pesquisas e a baixa popularidade de Cabral podem mudar com a proximidade
da campanha. "Não há condenação peremptória nem absolvição permanente",
teorizou Lupi, acusado na semana passada pela empresária Ana Cristina
Aquino de ter recebido R$ 200 mil, quando estava no Ministério do
Trabalho, para facilitar a criação de sindicatos.
Lupi
disse que entrou na Justiça contra a empresária. "Além de ladrão, ela me
chama de burro. Ela me acusa de ter recebido R$ 200 mil para uma coisa
que nunca saiu. Entrei com uma queixa crime e quero que ela explique
como viajou com R$ 200 mil na bolsa, onde me encontrou, qual é o
registro de que esteve comigo. Apareceu dois anos depois para me acusar
de algo que não tem o menor sentido", disse Lupi. AE
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