O presidente interino da República Centro-Africana (RCA), Michel Djotodia, e o
primeiro-ministro, Nicolas Tiangaye, renunciaram hoje (10) ao cargo. O anúncio
foi feito pelos chefes de Estado que participam da Conferência Extraordinária da
África Central, em N'Djamena, capital do Chade, país vizinho da RCA, localizado
no Centro-Norte do Continente Africano.
Os dirigentes da Comunidade Econômica dos Estados da África Central (Ceeac)
"tomaram nota da demissão" do presidente e do primeiro-ministro, indica o
comunicado final do encontro de cúpula, lido na sessão plenária.
A pedido dos líderes africanos, também participam da conferência em
N'Djamena, os 135 deputados da RCA. A intenção é elaborar uma proposta sobre o
futuro de Djotodia.
Em Bangui, capital da RCA, milhares de manifestantes foram para as ruas
exigir a saída do presidente de transição, acusado pela comunidade internacional
de não conseguir pôr fim à violência que assola o país desde o início de dezembro.
"Queremos que Djotodia se afaste. Precisamos de uma nova pessoa para liderar
o país", disse um manifestante, enquanto outro acrescentou que Djotodia deveria
"ficar em N'Djamena" e se responsabilizar "por um massacre".
Michel Djotodia foi convocado para a conferência e questionado sobre a
incapacidade de lidar com a violência entre muçulmanos e cristãos. Segundo a
Federação Internacional dos Direitos Humanos, os conflitos na República
Centro-Africana fizeram mais de mil mortos no mês passado.
Com 4,5 milhões de habitantes, a RCA mergulhou no caos desde o golpe de
Estado, em março passado, organizado pela coligação rebelde Séléka, que afastou
do poder o presidente François Bozizé e declarou Michel Djotodia novo presidente
do país.
Cerca de 1.600 soldados franceses e 4 mil soldados africanos tentam restabelecer a ordem e restaurar a segurança na antiga
colônia francesa. (Lusa)
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