O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer,
negou liminar a dois policiais militares denunciados por envolvimento no
desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. A decisão foi
publicada hoje (10) no site do STJ na internet.
O major Edson Raimundo dos Santos e o tenente Luiz Felipe de Medeiros
trabalhavam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, quando Amarildo
desapareceu. Acusados e presos, eles questionaram a transferência do Batalhão
Especial da Polícia Militar para o Presídio Petrolino Werling de Oliveira, Bangu
8, no Complexo de Gericinó, onde são mantidos em prisão especial.
Em novembro do ano passado, a Justiça do Rio, por unanimidade de votos, negou
habeas corpus em favor dos dois policias. Eles estão entre os 13 presos dos
25 PMs denunciados pelo crime.
Em nota, o tribunal informou que o ministro Fischer considerou que a ordem de
prisão fundamenta, de forma suficiente, a necessidade da medida, bem como a
decisão do Tribunal de Justiça do Rio de transferir os policiais para a unidade
de custódia de Bangu, devido à influência dos dois PMs sobre os demais réus. O
mérito do recurso em habeas corpus será apreciado a partir de fevereiro
pela Sexta Turma do STJ.
Morador da Rocinha, o pedreiro Amarildo desapareceu em julho passado, depois
de ser levado por policiais da UPP para interrogatório sobre um suposto
esconderijo de armas de traficantes. Testemunhas disseram à Polícia Civil que
Amarildo foi torturado e morto na sede da UPP da Rocinha.
O ex-comandante da unidade, major Edson Santos, sustentou que Amarildo foi
ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem o pedreiro saindo
da UPP, pois as câmeras de vigilância, que poderiam registrar a saída dele, não
estavam funcionando. O sumiço do pedreiro gerou uma série de protestos contra a
violência policial e a impunidade. ABr
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