Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, é detido na Itália

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no histórico julgamento do mensalão por corrupção política junto a outras pessoas próximas do ex-presidente Lula, foi detido na Itália, para onde havia fugido, confirmou nesta quarta-feira a Polícia Federal brasileira.
"Podemos confirmar que ele (Pizzolato) foi detido na Itália", informou um porta-voz da Polícia Federal à AFP.
A pedido do Brasil, a Interpol havia incluído em sua lista de busca Pizzolato, condenado a mais de 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção no âmbito do caso conhecido como mensalão e que fugiu para a Itália em novembro.
Segundo a imprensa, Henrique Pizzolato, que possui nacionalidade italiana e brasileira, tinha em sua posse um passaporte italiano que não lhe pertencia.
De acordo com o site do jornal Folha de São Paulo, os documentos pertenciam a um irmão do foragido que faleceu em um acidente de trânsito.
Ele foi detido na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, e depois levado a Modena.
Pizzolato teria fugido do Brasil através do território argentino, de onde teria voado a Madri, para posteriormente desembarcar na Itália.

Pedido de extradição
O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão, como é conhecido o escândalo de pagamento de subornos a legisladores em troca de votos por parte do Partido dos Trabalhadores (PT), no início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2005.
A polícia descobriu que Pizzolato fugiu quando foi decretada sua prisão. Então, tornou pública uma carta a seu advogado na qual o ex-diretor declarava que pretendia "solicitar um novo julgamento, na Itália, em um tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial".
Sobre o caso, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira que o governo fará o necessário para obter a extradição.
Entre os condenados no julgamento também figuram o ex-chefe de gabinete de Lula, José Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoíno, e o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que se entregaram à polícia em novembro, depois que a justiça ordenou sua detenção.
Todos eles foram condenados também ao pagamento de multas. Uma campanha pela internet permitiu que Genoíno e Soares arrecadassem 1,7 milhão de reais. O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes defendeu investigações sobre a origem desses fundos.
Genoíno, que cumpre pena domiciliar de 6 anos e onze meses, passou pelo hospital algumas vezes para ser examinado de uma doença cardíaca. AFP
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