Após mais de quatro horas de audiência de mediação entre o sindicato
patronal, a comissão de negociação que representa os grevistas, a
prefeitura e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), no
Tribunal Regional do Trabalho, uma proposta foi aceita pelas partes e
deve ser encaminhada para votação em assembleia da categoria, às 8h de
terça-feira, no Ginário Tesourinha.
A sugestão que deve ser
votada pelos grevistas foi sugerida, em nome do Ministério Público, pela
procuradora regional do trabalho Beatriz Junqueira Fialho e consiste
nas seguintes cláusulas: o valor do vale-alimentação passa para R$ 19, a
contribuição no plano de saúde por funcionário será de R$ 10 e
o aumento salarial de 7,5%.
Caso a proposta seja aprovada pela
categoria, 70% da frota operante na escala de verão deve voltar de forma
escalonada entre o meio-dia e as 16h desta terça-feira. Este percentual
deve operar pelo menos até a meia-noite de quinta-feira — prazo para
que advogados representantes se reúnam e tratem de outros tópicos que
também estão em debate.
Do lado de fora do TRT, a Avenida Praia
de Belas ficou bloqueada por grevistas em frente ao shopping Praia de
Belas. As cerca de 60 pessoas vibravam e vaiavam conforme cada nova
informação noticiada pelos veículos de comunicação.
— Não tem história. É greve até a vitória — bradavam alguns grevistas.
Grande
parte da categoria reunida em frente ao TRT ressaltou que qualquer
decisão tomada pela cúpula da greve somente será cumprida após ter sido
referendada na assembleia.
Propostas e contrapropostas marcam negociação
A
reunião no TRT começou pouco depois das 14h. O clima era de tentativa
de acordo entre a comissão de negociação dos rodoviários que representam
grevistas e o sindicato patronal.
Inicialmente, empresários
anunciaram uma nova proposta para tentar acabar com a greve dos
rodoviários que já se estende por oito dias: aumento salarial de 6,5%,
vale-alimentação de R$ 17 (como proposto na semana passada) e
contribuição de R$ 30 por funcionário no plano de saúde — o valor pago
atualmente é de R$ 40.
Os grevistas fizeram uma contraproposta.
Eles pediram aumento salarial de 10%, vale-alimentação de R$ 19 e
nenhum gasto em contribuição com o plano de saúde.
A
desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, que preside a reunião, sugeriu
uma terceira via. Ela sugeriu 7% de aumento salarial, R$ 18 de
vale-alimentação e contribuição de R$ 10 no plano de saúde por
funcionário.
Grevistas mostraram estar de acordo em relação ao
plano de saúde e o valor do vale-alimentação, mas pediram aumento
salarial, então, de 9%. A desembargadora sugeriu acréscimo salarial de
7,5%.
Após uma troca intensa de propostas e contrapropostas, o
MP sugeriu o conjunto de cláusulas que será avaliado no Ginásio
Tesourinha, na manhã desta terça.
Reivindicações
A
greve foi definida em assembleia da categoria no dia 23 de janeiro . Os
rodoviários querem 14% de aumento, reajuste do vale-alimentação de R$
16 para R$ 20 e manutenção do plano de saúde, sem desconto no salário.
Porém, as empresas oferecem 5,56% (reposição integral da inflação no
ano, segundo o INPC) e querem coparticipação financeira dos empregados
no plano de saúde.
Fonte: Zero Hora
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