Trinta e cinco países comprometeram-se hoje (25) a reforçar a
segurança nuclear, principalmente por meio da aplicação mais rigorosa
das regras internacionais, para impedir organizações terroristas de
fabricarem bombas nucleares.
Em declaração conjunta, divulgada durante a Cúpula de Segurança
Nuclear de Haia, na Holanda, os países se dispõem a trabalhar mais em
conjunto e aceitam submeter-se a “revisões periódicas” dos seus sistemas
de segurança de materiais nucleares sensíveis.
Os países – entre os quais figuram Israel, o Japão e a Turquia, mas
não a Rússia nem a China – prometem “concretizar ou exceder” os padrões
definidos em uma série de orientações sobre segurança de materiais
nucleares da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Essas
orientações são “a coisa mais parecida que temos com regras
internacionais de segurança nuclear”, disse o secretário da Energia dos
Estados Unidos, Ernest Moniz, ao apresentar o compromisso.
A Cúpula de Haia é uma iniciativa do presidente norte-americano,
Barack Obama, que prometeu fazer da segurança nuclear um ponto central
do seu legado político. Ele lembrou que o terrorismo nuclear era “a
ameaça mais imediata e extrema à segurança global”.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse, na abertura da
cúpula, nessa segunda-feira, que há quase 2 mil toneladas de materiais
nucleares passíveis de serem usados na fabricação de armas em
circulação. Para ele, “a segurança tem de ser uma preocupação
constante”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Frans Timmermans, destacou que
“a segurança continua a ser uma responsabilidade nacional”, mas que é
fundamental “reforçá-la em nível internacional, aprendendo com a
experiência dos outros e aplicando as linhas de orientação da Aiea”.
O acordo firmado por 35 dos mais de 50 países participantes da cúpula
estabelece como objetivo a construção de uma “arquitetura” mundial de
segurança nuclear, especialmente por meio de maior transparência, da
troca de informações e do estabelecimento de boas práticas. (Lusa)
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