O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves
(MG), pré-candidato a presidente da República, disse nesta quarta-feira,
ao chegar à Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que
se autointitula "o candidato do agronegócio". A declaração ocorre após
uma série de críticas de líderes do setor ao governo federal e à
presidente Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à reeleição, e da cobrança
de projetos efetivos por parte dos candidatos à sucessão.
"Eu
tenho muito orgulho de me intitular o candidato do agronegócio, o
agronegócio produtivo que gera renda, empregos, divisas ao Brasil",
disse Aécio, que foi aplaudido por vários líderes do setor ao chegar à
feira em Ribeirão Preto. De acordo com o senador, a Agrishow é um
retrato do País "que dá certo, do Brasil que empreende, que sustenta
outros setores".
Na avaliação de Aécio, o Brasil,
mesmo com indicadores extremamente baixos, ainda cresce com vigor do
agronegócio. O tucano repetiu que os setores agrícola e pecuário no
Brasil são extremamente eficientes da porteira para dentro, mas sofrem
com os problemas logísticos, além da tributação e do seguro rural
"ineficiente".
Ele defendeu a execução de uma
política externa mais ousada que abra novos mercados. O presidenciável
citou ainda a crise no setor produtivo de açúcar e etanol, o qual,
segundo ele, foi "desmontado" pelo atual governo, com o fechamento de
dezenas de usinas.
Por fim, Aécio ironizou a
ausência de Dilma na Agrishow - ela esteve apenas como pré-candidata em
2010 - e prometeu que, se eventualmente for eleito presidente, estará na
feira todos os anos. A ironia se estendeu ainda à provável ida de Dilma
no sábado à Expozebu, em Uberaba, Minas Gerais, Estado que foi
governado por Aécio. "Desde que se apresentou como pré-candidata ela
voltou a ir a Minas e lá será bem recebida com a hospitalidade
tradicional", concluiu. AE
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