Os exames periciais requisitados pela Polícia Civil para desvendar como o menino Bernardo Boldrini,
de 11 anos, foi morto no interior do Rio Grande do Sul estão atrasados.
O motivo: um equipamento utilizado pelo Instituto Geral de Perícias
(IGP) do Estado não tem condições de uso porque uma peça está
danificada, de acordo com o jornal Zero Hora, desta terça-feira.
O diretor adjunto e supervisor técnico do IGP, Paulo Leonel
Fioravante Fernandes, disse ao jornal que o instituto já comprou um novo
"homogeneizador de tecidos" – aparelho que tritura e prepara material
colhido no corpo do menino para análise. O equipamento, porém, só deve
chegar aos técnicos do IGP no dia 14 de maio. Fernandes também disse que
o IGP está "providenciando o conserto" do homogeneizador de tecidos
quebrado. O instituto estuda fazer uma parceria com uma universidade que
disponha do equipamento em perfeito estado para realizar a perícia.
A certidão de óbito do garoto não traz a causa da morte – informa apenas que foi "violenta".
O documento atesta que Bernardo morreu no dia 4 de abril. A polícia só
encontrou o cadáver no dia 14, por volta das 18h30, em estado de
decomposição avançado. Por isso, a polícia precisa de exames periciais
mais detalhados para apontar quais foram as substâncias injetadas corpo
do menino.
A delegada responsável pelo inquérito, Caroline Bamberg Machado,
afirma ter convicção de que a madrasta do menino, a enfermeira Graciele
Boldrini, assassinou o enteado
com auxílio da assistente social Edelvânia Wirganovicz. Em depoimento,
Edelvânia disse que Graciele aplicou uma injeção letal no garoto e
despejou soda cáustica no corpo antes de enterrá-lo em um terreno na
cidade de Frederico Westphalen (RS), a cerca de 80 quilômetros de Três
Passos (RS), onde moravam. A delegada ainda tenta descobrir o papel do
pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini, no crime. Ele nega participação no assassinato.
Além de amostras do corpo de Bernardo, a polícia também analisará
imagens de câmeras de segurança, vestígios nos carros das suspeitas e
grãos de terra encontrados em uma pá e uma cavadeira apreendidas, que
teriam sido usadas para abrir a cova no terreno onde Bernardo foi
enterrado.
A delegada Caroline afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta
terça-feira, que o atraso nas perícias ainda não prejudica o andamento
do inquérito, porque os investigadores continuam a realizar diligências e
oitivas paralelas. "Não estou tendo dificuldade com relação às
perícias, ainda não senti prejuízo. Sei que o resultado vai demorar um
pouquinho, como de costume”, disse Caroline. Fonte: Veja
Home / Uncategories / Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul não consegue iniciar exames de laboratório solicitados pela polícia para desvendar como o garoto foi assassinado
- Blogger Comment
- Facebook Comment
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários:
Postar um comentário