O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje,
que a desconfiança envolvendo a preparação e o alcance da Copa do Mundo
é causada pelas informações parciais que são repercutidas na sociedade.
“Acho
que o que houve, de fato, foi uma falta da informação por inteiro. Por
exemplo, essa ideia de que tudo foi corrupção, isso não é verdade. A CGU
[Controladoria-Geral da União] acompanhou milimetricamente a construção
dos estádios. Houve problemas de corrupção em alguns pontos? Houve, mas
foram corrigidos imediatamente”, disse o ministro.
O governo
federal iniciou ontem (2), em Manaus (AM), uma rodada de debates com os
movimentos sociais e representantes da sociedade a fim de esclarecer a
população sobre as iniciativas desenvolvidas para a Copa, visando dar
mais transparência às ações. “Saí de Manaus muito animado com essa
peregrinação que vamos fazer nas 12 cidades”, disse o ministro sobre a
iniciativa, chamada de Diálogos Governo-Sociedade Civil: Copa 2014.“Eu
tenho certeza de que o clima de Manaus não vai se reproduzir com a
mesma intensidade em outras cidades onde há outros problemas. Mas tenho
certeza de que, à medida que as pessoas vão tomando consciência e
informação sobre tudo, da dimensão da Copa, do que o Brasil vai
significar durante um mês sendo visto pelo mundo inteiro, muitos que
hoje estão reticentes vão se entusiasmar com o evento”, argumenta
Carvalho.
A plenária com as lideranças sociais, em Manaus, reuniu
mais de 400 pessoas. “Me surpreendeu a capacidade que eles
desenvolveram lá de compreender a Copa do Mundo na sua globalidade e,
sobretudo, vendo o evento como uma oportunidade. Os movimentos mostraram
uma incrível vontade de participação”, disse o ministro, explicando
que, entre as reivindicações, está o pedido para que os ambulantes
possam trabalhar no centro da cidade e que os índios tenham autorização
para vender artesanato local aos turistas.
“Não havia um clima
contra a Copa. Eles ficaram muito felizes porque levamos uma série de
informações que não tinham chegado a eles. O que significa, por exemplo,
na Copa, os gastos públicos e os gastos privados, comparar os R$ 8
bilhões que custaram os estádios, dos quais apenas R$ 4 bilhões são
dinheiro público, com os R$ 74 bilhões que nós gastamos em educação e os
R$ 92 bilhões que gastamos na saúde ano passado. Mostramos que é falsa
essa tentativa de jogar uma coisa contra a outra”, explicou o ministro.
Sobre
a possibilidade de manifestações violentas no período do Campeonato
Mundial, Carvalho disse que o governo está apostando que a sociedade não
vai aderir aos movimentos. “Cada vez mais a população vai se dando
conta que esse tipo de manifestação não resolve, prejudica, e no fundo
elas devem ser evitadas”, disse o ministro.
Ele explicou que o
governo dialogará com os grupos de manifestantes, esperando que, a
despeito do direito de participar de protestos, esses atos ocorram sem
violência.
Carvalho participou, hoje (3), de reunião na Escola
Nacional de Administração Pública (Enap), onde 16 especialistas de todo o
país se reunem para a escolha dos 30 projetos e iniciativas de
prefeituras e organizações sociais a serem contemplados pela 5ª edição
do Prêmio ODM Brasil. A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 23 de
maio. ABr
- Blogger Comment
- Facebook Comment
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários:
Postar um comentário