Mais de 5 mil pessoas estiveram no última dia (20) em Porto Alegre para participar do 20° Grito da Terra Brasil. Eles vieram organizados pelos 350 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da Fetag, congregados por 23 regionais sindicais. As caravanas começaram a chegar por volta das 7h, em cerca de 80 ônibus, e desembarcaram os agricultores familiares na sede da Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), onde também está instalada a Delegacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Diversas lideranças foram divididas em comissões para tratar de assuntos como crédito fundiário, habitação, saúde, irrigação, entre outros itens da pauta. Às 13h todos deixaram o pátio da delegacia da MDA e foram em caminhada, pelas principais ruas e avenidas da Capital em direção ao Palácio Piratini. Uma bela mística realizada pela Fetag e regionais com terra, água, sementes e alimentos de um toque especial ao GTB. Em seguida, o governador Tarso Genro, acompanhado de secretários, subiu no caminhão e fez uma introdução às respostas, que foram completadas pelos secretários.
Numa avaliação preliminar, o presidente da Fetag, Elton Weber, deu nota 10 à mobilização pela efetiva participação dos trabalhadores rurais e pela forma de pressão adotada pelo movimento sindical, que já rendeu alguns resultados concretos, tais como compromissos do governo, marcação de agendas em Brasília para discutir a questão dos indígenas e a vinda do ministro Miguel Rossetto, na próxima semana, para debater as questões do MDA.
Além disso, o governador garantiu que até o dia 12 de junho estará assinado com a Fetag o termo de cooperação da distribuição do protetor solar nos municípios; em relação à segurança pública, Tarso disse que o efetivo da Brigada Militar não vai deixar os municípios para virem à Copa; nas Secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Weber projetou que entre 60% a 70% foram assumidos compromissos, inclusive alguns com respostas. “De uma forma geral, nós avaliamos as respostas de forma positiva”, enfatizou.
Nos próximos dias, continua o dirigente, a Fetag vai tratar especificamente das questões referentes a emplacamento de tratores, habitação e conflitos com indígenas em Brasília. “Avaliamos aqui em assembleia e foi aprovado que caso seja necessário, faremos mobilizações nas regiões que assim demandarem. Isso não é ameaça, mas sim uma decisão”, completou. (Fetag-RS)
-RS)
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