Nigéria suspeita que meninas sequestradas foram dividas em grupos pelo país

O governo da Nigéria descartou que as mais de 200 estudantes sequestradas pela milícia radical Boko Haram estejam na floresta de Sambisa, refúgio e base de operações do grupo armado, e suspeita que as meninas possam ter sido divididas em vários grupos distribuídos por todo o país.
"Não há indícios que demonstrem que nossas meninas ainda estão na floresta. Também não há indícios de que tenham sido levadas para do país", disse o ministro da Informação, Labaran Maku, em entrevista transmitida ontem à noite e reproduzida hoje pelo jornal local "The Punch".
Os trabalhos de busca do exército nigeriano, apoiado por equipes internacionais, concentraram-se na floresta de Sambisa, no estado de Borno, no norte do país, para onde se suspeitava que tinham sido levadas as menores após o sequestro.
Ao não se encontrar nenhuma pista que demonstrasse que as estudantes estavam na região, o ministro afirmou que "há possibilidade de que as meninas tenham sido divididas em grupos e que se encontrem em várias zonas do país".
Além disso, Maku negou as informações que indicam que as meninas foram levadas para fora da Nigéria.
"Alguns disseram que elas foram vistas em Camarões e na República Centro-Africana. Mas não há provas que demonstrem isso", argumentou Maku, que reconheceu ser "difícil" lutar contra os membros do Boko Haram.
O ministro aproveitou a entrevista para pedir ao governo Federal que negocie com o Boko Haram a libertação das meninas sequestradas em uma escola de Chibok em 14 de abril. EFE
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