A quase dois meses das eleições, o terceiro debate entre os candidatos ao Palácio Piratini foi marcado pela troca de farpas entre os postulantes ao cargo. Participaram do evento, promovido pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), Ana Amélia Lemos (PP), Edison Estivalete Bilhalva (PRTB), Humberto Carvalho (PCB) José Ivo Sartori (PMDB), Roberto Robaina (PSol), Tarso Genro (PT) e Vieira da Cunha (PDT).
Após saudação inicial, os candidatos responderam a perguntas da população do Interior sobre saúde, segurança, educação, infraestrutura e tributação, e muitos aproveitaram os questionamentos para criticar a gestão de Tarso Genro (PT), candidato à reeleição.
— Acho que o alinhamento do governo estadual com o federal funcionou apenas como propaganda eleitoral — disse o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori, deixando de lado a postura neutra que vinha adotando até então.
A senadora Ana Amélia condenou o que definiu como "descuido com a qualidade do gasto em saúde". No último bloco, a progressista disse que Tarso "insiste em desprezar pessoas e biografias".
Vieira da Cunha criticou o fato de o governador ter ingressado na Justiça contra a lei do piso, assinada pelo petista quando era ministro da Educação.
Tarso disse que o Estado recebeu mais recursos da União em convênios do que na gestão Yeda Crusius (PSDB) e que o governo deu a "maior correção salarial da história" para os professores.
— Não garganteia, porque o único governo que enfrentou essa questão da dívida e do piso foi o nosso, e vocês compartilharam isso conosco. Não entendo essa tua fúria — afirmou Tarso, em resposta ao questionamento de Vieira.
Vieira, no último bloco, respondeu:
— Não confundam fúria com indignação. Não tem ninguém furioso aqui. Tem um gaúcho indignado, como a maioria da população.
Roberto Robaina (PSol) classificou o debate como "consórcio entre amigos". Chamou Estivalete — que abriu a rodada de perguntas escolhendo Ana Amélia — de "amigo" da senadora, e disse que Vieira, que confrontou Tarso, tem "telhado de vidro" por ter participado do governo petista.
O debate foi dividido em três blocos, com intervalos de três minutos, e transmitido para cerca de 200 de emissoras do Interior. Candidato do PMN, João Carlos Rodrigues foi convidado pela Agert, mas não compareceu ao debate.
Fonte: ZH
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