Governos federal e estadual recebem demandas dos municípios atingidos pelas enchentes na fronteira Oeste

A presidente Dilma  Rousseff e o governador do Estado, Tarso Genro, sobrevoaram neste sábado as áreas alagadas no município de Uruguaiana, na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. A cidade integra o grupo de 168 municípios atingidos pela cheia do Rio Uruguai. Após, Dilma se reuniu com um grupo de prefeitos da região na prefeitura de Uruguaiana. “Temos que aprender a conviver com as chuvas, pois é impossível enfrentá-las. Os nossos investimentos, juntamente com aquilo que é feito pelos governos Estadual e municipais, vêm neste sentido, de criar condições para que as pessoas possam conviver com esses períodos”, disse a presidenta.
Na reunião com os prefeitos, a presidente e o governador receberam as principais demandas dos municípios atingidos e explicaram sobre os procedimentos necessários para a liberação de recursos e como eles deverão ser utilizados na reconstrução do que foi destruído e no auxílio às famílias atingidas. Ela anunciou o envio de mais R$ 40 milhões para a recuperação de estradas, além dos R$ 14 milhões já anunciados anteriormente para projetos com o objetivo de minimizar os danos das chuvas.
“Viemos aqui para ver no que podemos auxiliar e prestar solidariedade aos municípios. Agora dependemos de projetos e planejamento para que os recursos sejam investidos pelos governos Federal e Estadual”, afirmou o governador Tarso Genro.
Volta para casaGrande parte da população de Uruguaiana de bairros ribeirinhos atingidos começa a retornar para suas casas, com auxílio do Exército e da Defesa Civil Estadual e Municipal.
Atualmente, conforme relatório da Defesa Civil, 147 pessoas seguem desabrigadas e 1.430 estão desalojadas (em casa de parentes e amigos) em Uruguaiana.
O pedreiro Paulo Ricardo, 44 anos, é um dos que perderam tudo por conta da enxurrada. Sua casa ficou coberta até o teto no bairro Marduque. Ele e as quatro pessoas que moram na mesma casa tiveram que improvisar uma barraca na residência de parentes. “Foi feio o negócio, a água subiu e tivemos que sair. Conseguimos tirar poucas coisas, e agora estamos retornando. Mas com a força de Deus e ajuda que estamos recebendo tenho certeza que vamos nos reerguer”, disse.
Em todo o Estado, 2.950 pessoas seguem fora de suas residências, 558 desabrigadas e 2.392 desalojadas. A Defesa Civil Estadual segue recolhendo donativos em sua sede em Porto Alegre e em suas regionais. As principais necessidades são de alimentos não perecíveis, cobertores e materiais de construção, segundo informações do governo estadual.
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