A presidenta Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. Em nota oficial, ela disse que o Brasil inteiro está de luto e que o político era um exemplo de democrata e uma grande liderança política. “Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro”, afirmou.
Em nota, Dilma disse que Campos e ela tiveram longa convivência no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante as campanhas presidenciais de 2006 e 2010 e durante o governo da presidenta. “Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência”.
Ao prestar condolências aos parentes de todas as vítimas da tragédia, Dilma Rousseff disse que Campos foi um pai e marido exemplar. “Nesse momento de dor profunda, meus sentimentos estão com Renata, companheira de toda uma vida, e com os seus amados filhos. Estou tristíssima”, declarou, ainda na nota.
Pouco antes das 16h, foi publicado no Diário Oficial da União, em edição extra, a declaração do luto oficial contado a partir de hoje. As bandeiras do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada foram posicionadas a meio mastro.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, também lamentou o falecimento do candidato. Ele elogiou as características de Eduardo Campos e desejou força à esposa de Campos, Renata, e a toda família do político “por essa perda dolorosa”. “Tive o privilégio de conviver com ele no governo do presidente Lula e sua capacidade de trabalho, mas sobretudo, de fazer amigos, e sua capacidade de sedução, sempre foram marcas muito profundas de sua personalidade".
Gilberto Carvalho antecipou em uma hora o retorno da Bolívia, onde participa nesta quarta-feira da abertura do Fórum de Participação Cidadã da União de Nações Sul-Americanas, conhecida como Unasul. Ele desembarca em Brasília às 19h.
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, também lamentou, em nota, a morte do candidato. O ministro referiu-se a Campos como um “companheiro de tantas lutas” e disse que a política brasileira perde um grande líder e um interlocutor atento ao diálogo e à construção da democracia. “Em diversos momentos convivemos intensamente, como parlamentares de oposição, de 1999 a 2002, depois como ministros do governo Lula e como presidentes nacionais, eu do PT e ele do PSB. Nesse tempo de convívio, constatei no Eduardo uma personalidade séria, honesta e comprometida com o povo brasileiro, em especial com os mais necessitados”, disse. Berzoini manifestou solidariedade aos parentes, amigos e apoiadores de Eduardo Campos.
Em nota, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse estar profundamente chocado e triste com a morte de Campos, “com quem sempre mantive excelente relacionamento, e a quem sempre admirei como homem público e cidadão”. Para Lobão, Eduardo Campos foi um grande político, que deixará uma lacuna na vida pública do seu estado e do país. “Solidarizo-me com a sua família, com os familiares das demais vítimas da tragédia e com o povo de Pernambuco, que sofre, como os demais brasileiros, a perda de um importante líder”, disse o ministro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também expressou pesar pela morte de Eduardo Campos. “Neste momento de perplexidade, junto-me às vozes de todo o país que lamentam a perda súbita e prematura do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Meus sinceros sentimentos a sua família e amigos, extensivo aos familiares de todas as vítimas desta tragédia”, lamentou em nota oficial. ABr
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