As equipes do Corpo de Bombeiros que passaram a madrugada no local do acidente, onde caiu o avião da comitiva do ex-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, fazem uma varredura final numa área de aproximadamente 130 metros a partir do ponto zero, como é chamado o local onde o jato se chocou contra o solo.
“Estou com estas equipes fazendo a varredura da quadra toda num cone de projeção do ponto zero de 130 metros. Estamos percorrendo casa por casa. Teve residências ontem (13), que mesmo com a visualização da aérea não conseguimos ver [restos mortais e partes da aeronave]. Hoje (14), com os proprietários nas casas, estamos conseguindo”, disse Roberto Lago, coronel do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o capitão dos Bombeiros, Marcos Palumbo, os restos mortais das sete vítimas são difíceis de localizar, já que são muito pequenos. “São pedaços pequenos de tecido ósseo, de pele, de vísceras, é um trabalho minucioso, que só vai terminar a partir do momento em que os órgãos competentes, o Instituto de Criminalística, estabelecerem o que houve, a quantidade de material arrecadada dentro dos escombros de forma que possa ajudar na identificação das vítimas”, declarou.
Por volta das 5h, os Bombeiros encontraram uma carteira com documentos de Eduardo Campos, informou o capitão. “Fizemos a escavação para achar fragmentos de corpos no ponto zero. Quando eu faço esta busca detalhada ou quando eu faço uma escavação achando partes de corpos, a gente não sabe a quantidade de materiais que ainda existem [para serem buscados], mas todos os dados estão sendo cruzados, todos os contatos estão sendo feitos para que a gente tenha a possibilidade de encerrar”.
Segundo Palumbo, no local onde as equipes achavam que estaria a cabine do avião, foi localizada uma série de partes de corpos. “O que era o nosso objetivo principal”, destacou. Como a Aeronáutica já conseguiu resgatar a caixa-preta e as duas turbinas do jato, os trabalhos devem ser encerrados em breve. ABr
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