A liderança do PPS na Câmara protocolou na manhã desta segunda-feira (29) na Secretaria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras requerimentos de convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e do ex-ministro Antonio Palocci. O depoimento dos dois na comissão, no entanto, depende de aprovação do pedido pela maioria dos integrantes da CPMI, o que não tem previsão de data.
Segundo reportagem publicada pela revista Veja, Paulo Roberto revelou à Polícia Federal e ao Ministério Público que foi procurado por Palocci, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010. O ex-ministro da Fazenda, que já havia sido membro do Conselho da Petrobras, precisava, com urgência, de R$ 2 milhões.
Já João Vaccari Neto, segundo reportagem de ontem (28) do jornalFolha de S.Paulo, participou como mediador de contatos entre operadores do doleiro Alberto Youssef e o Fundo de Pensão dos Empregados da Petrobras, o Petros. De acordo com a reportagem, a Polícia Federal encontrou, em computadores de pessoas ligadas ao doleiro, mensagens que apontam o envolvimento do tesoureiro do PT.
De acordo com o Petros, todos os investimentos da fundação passam por avaliações, respeitam as melhores práticas de governança corporativa, a legislação vigente e os preceitos estabelecidos pelas suas políticas de investimento. Portanto, as avaliações de investimento são técnicas.
A CPMI da Petrobras retoma as atividades no dia 8 de outubro com o depoimento de Meire Bonfim Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef. Em depoimento à Polícia Federal ela revelou que mais de 50 empresas estão envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro que era comandado pelo doleiro.
As perguntas a Meire Poza serão feitas com base nos depoimentos colhidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba que já estão com a comissão. No despacho que liberou o material à CPMI, o juiz Sérgio Moro explica que, além das alegações da contadora, está disponível o material apreendido na empresa de Meire, a Arbor Contabilidade, que é alvo do inquérito policial.
Meire Poza já esteve no Congresso, em agosto. À época, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, ela afirmou que deputado Luiz Argôlo (SD-BA) recebeu dinheiro do doleiro e que os dois mantinham "negócios ilícitos". ABr
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