O novo governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, comemorou a vitória agradecendo aos gaúchos pela confiança e destacando que conduzirá a gestão com um projeto de estado, não de poder. “Faremos uma administração com seriedade e responsabilidade. Se a população nos deu a determinação para fazer as mudanças necessárias para o desenvolvimento do Rio Grande, vamos realizá-las com coragem e empenho”, afirmou.
Sartori reiterou o que disse desde o início da campanha: pretende enfrentar as dificuldades e os desafios que terá pela frente com atitude agregadora com a população, servidores públicos, partidos, prefeituras e todos os setores. “Queremos unir todas as forças”, disse ele, deixando claro que será bem-vinda a contribuição de tantos quantos queiram colaborar com os projetos do governo. “Quando dizia que o meu partido é o Rio Grande” – afirmou, lembrando o slogan da campanha -, “o que eu desejava era isto que temos aqui hoje: o congraçamento. Nosso projeto vem para somar”, reforçou durante a entrevista coletiva concedida no início da noite, no Hotel Embaixador, em Porto Alegre.
O governador eleito saudou seus companheiros de partido (o PMDB), das outras sete legendas que formaram a coligação O Novo Caminho para o Rio Grande e das 11 siglas que declararam adesão à candidatura dele no segundo turno. Agradeceu também a sua equipe de campanha – que foi coordenada pelo vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo – e fez uma homenagem especial a Pedro Simon.
Falando sobre a carreira política do senador à frente do MDB e posteriormente do PMDB, recordou que desde 1959, quando foi eleito vereador em Caxias do Sul, ele nunca mais ficou sem mandato. Lembrou a luta de Simon contra a ditadura, “quando foi uma forte voz contra o regime militar”, e seu envolvimento com a campanha das Diretas Já, em favor do restabelecimento do voto direto no país para todos os cargos eletivos.
Sartori enfatizou igualmente o desempenho reconhecido de Simon como governador do Rio Grande do Sul e no Senado. E referiu-se, em particular, a sua disposição de concorrer novamente este ano, pela coligação O Novo Caminho para o Rio Grande, em substituição a Beto Albuquerque, que passou a fazer parte da chapa de Marina Silva como candidato a vice-governador após o falecimento do presidenciável Eduardo Campos. “Pedro Simon é mais um exemplo de como as questões de caráter público devem ficar acima de qualquer outra”, ressaltou, agradecendo ao senador por seu “exemplo, sua história, seus ensinamentos e sua trajetória”.
Ele dirigiu um agradecimento, ainda, a Tarso Genro, seu oponente na disputa ao Palácio Piratini, pelo telefonema de cumprimentos que havia recebido dele poucos minutos antes de iniciar a entrevista coletiva. “Fico gratificado”, frisou. “Sempre acreditei que adversário político não é inimigo. Tenho a convicção de que fazemos política para qualificá-la cada vez mais.” Ao ser questionado sobre a formação de sua equipe de governo, informou que falará sobre este assunto somente depois de 15 de dezembro. Adiantou, no entanto, que o perfil do secretariado será uma combinação entre o técnico e o político. Ou seja, os cargos serão ocupados por pessoas com preparo técnico e sensibilidade política para as funções. Foto: Luiz Chaves
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