O papa celebrou uma missa na catedral do Espírito Santo para a minúscula comunidade cristã da Turquia, que tem apenas 80.000 membros em uma população de mais de 75 milhões de muçulmanos.
"Quando somos nós os que desejamos criar a diversidade, e nos trancamos em nossos particularismos e exclusivismos, provocamos a divisão; e quando queremos fazer a unidade segundo nossos planos humanos, terminamos implantando a uniformidade e a homogeneidade", disse o papa.
Segundo o Vaticano, Francisco poderia aproveitar para visitar cristãos do Iraque ou da Síria, refugiados na maior cidade da Turquia depois de fugir da guerra e da ameaça jihadista.
Francisco destacou em sua chegada ao país na sexta-feira os "generosos esforços" das autoridades turcas, que receberam quase dois milhões de refugiados sírios e iraquianos.
Em seu primeiro dia na Turquia, o Papa criticou as perseguições desumanas sofridas pelos cristãos e denunciou o terrorismo e o fundamentalismo.
Na presença de seu anfitrião, o presidente islamita conservador Recep Tayyip Erdogan, o papa Francisco pediu que a Turquia dê o exemplo em termos de diálogo interreligioso.
Desde que dirige o país, Erdogan, muçulmano praticamente, se apresenta como protetor das religiões, mas é acusado de querer "islamizar" a República laica turca fundada em 1923.
No fim do segundo dia no país, Francisco se reuniu e orou com o chefe mais importante da igreja Ortodoxa, o patriarca Bartolomeu I, destinado a reduzir a divisão entre as duas Igrejas desde o cisma de 1054. AFP/Foto: AFP
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