O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que para que a economia retome um ciclo virtuoso é preciso que o Brasil enfrente três desafios. "Um deles é consolidar a inclusão financeira. Também é importante fomentar a criação de produtos e o hábito de poupar", destacou.
Para Tombini, um segundo desafio é "ampliar o financiamento a pequenas e médias empresas", pois são muito importantes na geração de empregos no País e para o nível de atividade. "Um terceiro desafio é integrar ainda mais o mercado de capitais a investimentos de longo prazo."
O presidente do BC também destacou que há uma agenda microeconômica que o governo pode trabalhar com o setor privado, o que ajudará no processo de evolução da economia. Ele fez os comentário durante discurso no almoço de confraternização de fim de ano realizado pela Febraban.
Exterior
Tombini voltou a destacar a complexidade da economia internacional. No entanto, diz que embora a situação mundial seja complexa, ela "tende a colaborar para a inflação convergir à meta no horizonte relevante". Segundo ele, parte dessa complexidade externa vem, entre outras coisas, do baixo preço do petróleo, que pode acentuar o risco de deflação em economias avançadas e ser um fator de ajuda na convergência dos preços no Brasil.
Tombini acrescentou que o BC trabalha para que a inflação convirja o mais rápido possível para a meta e destacou que o horizonte é 2016, considerando os efeitos "cumulativos e defasados da política monetária". "Não se pode perder de vista que ganhos da convergência estender-se-ão por vários anos, podendo se tornar permanentes".
Antes de retomar a convergência, a inflação em 12 meses tende a se manter elevada na esteira do realinhamento dos preços relativos da economia. "Não deveria ser tomado como surpresa nos próximos meses que a inflação fique maior do que a atual", pontuou.
O presidente do BC disse que, recentemente, identificou o realinhamento dos preços administrados e que isso contribuiu para piorar o balanço de riscos. "O Banco Central fará o que for necessário para que a inflação fique mais benigna em 2015/2016", disse. AE
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