O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacou neste domingo o fim "responsável" da guerra no Afeganistão, a "mais longa" na história do país, ao honrar os mais de 2.200 "patriotas" americanos mortos em 13 anos de conflito e advertir que esse país continua sendo "um lugar perigoso".
Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Obama qualificou de "marco" para os EUA a cerimônia realizada hoje em Cabul para o fim da Força Internacional de Assistência para a Segurança no Afeganistão da Otan (Isaf), que marcou o encerramento de 13 anos de missão de combate.
"Graças a essa missão, estamos mais seguros e nossa nação é mais segura", ressaltou Obama, ao lembrar que os EUA manterão a partir de 2015 uma "presença militar limitada" no Afeganistão para "treinar, assessorar e ajudar" as forças locais.
Segundo Obama, as tropas e o pessoal de inteligência americanos enviados ao Afeganistão "foram implacáveis" contra os terroristas responsáveis pelos atentados do dia 11 de setembro de 2001, "devastando" o núcleo da liderança da Al Qaeda.
No entanto, "o Afeganistão continua sendo um lugar perigoso, e o povo afegão e as forças de segurança continuam fazendo enormes sacrifícios em defesa de seu país", admitiu o presidente.
A cerimônia em Cabul completou a retirada gradual das tropas internacionais e a transferência por fases das competências da segurança para os 350 mil soldados do Exército e da Polícia afegãos iniciada em 2011.
O final oficial da missão de combate da Isaf será em 31 de dezembro à meia-noite e a missão Apoio Decidido começará em 1º de janeiro de 2015.
Essa missão da Otan e o Acordo de Segurança assinado entre Afeganistão e EUA estabelecem a presença de 10.800 soldados americanos e entre 3.000 e 4.000 militares da Aliança Atlântica, em relação ao máximo de 140 mil soldados das tropas estrangeiras que havia em 2011.
Embora seu papel seja de assessoria e equipamento das forças afegãs, as tropas internacionais continuarão oferecendo apoio aéreo no terreno.
"Estes últimos 13 anos colocaram à prova nossa nação e nossas Forças Armadas", assinalou Obama no comunicado, ao prometer que os EUA permanecerão "vigilantes" perante a ameaça do terrorismo. EFE/Foto: AFP
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