Enquanto áreas estão colhendo acima da média do ano anterior, outras tem volume abaixo do esperado
Passadas mais de duas semanas da Abertura Oficial da Colheita do Arroz no Rio Grande do Sul, os produtores estão a campo realizando os trabalhos. Segundo o informativo do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), até o dia 20 de fevereiro, 22,54 mil hectares já haviam sido colhidos, o que representa 2% da área total no Estado.
Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, este início de colheita é marcado pela variação nas lavouras gaúchas. Enquanto algumas áreas demonstram desempenho igual ou acima da média do ano passado, outras colhem um volume muito abaixo do período anterior. "Não dá para se ter ainda uma noção do que nos aguarda em termos de safra mas já podemos verificar esta disparidade entre lavouras. Notamos que quem usou tecnologias está mantendo as médias e quem teve um certo descuido teve queda de rendimento", observa.
Dornelles lembra que o clima tem contribuído com os trabalhos nas lavouras nestas últimas semanas, tanto para o amadurecimento dos grãos que ainda estavam verdes quanto para o andamento da colheita que está sendo satisfatória. Entretanto, a chuva do último final de semana atrapalhou os produtores. Ocorrências de granizo foram registradas em algumas regiões. "Tivemos estes casos na Zona Sul e na Fronteira Oeste que atingiram lavouras e trouxeram perdas, mas muito pontuais e incapazes de alterar significativamente os números gerais", explica.
Sobre o mercado, o presidente da Federarroz salienta que houve uma ligeira queda de preços. Hoje a saca de 50 quilos é negociada a R$ 37,00. "De uma forma tanto fora de uma justificativa consistente, os preços caíram, pois não há senso de oferta nem de arroz verde nem de arroz da safra passada. Há sim um certo consenso de que houve um esfriamento no atacado e no varejo, o que levou as indústrias a não negociarem ativamente", avalia.
Das regiões, de acordo com o levantamento do Irga, a Fronteira Oeste já colheu 4,7% da sua área e é a mais adiantada, seguida da Planície Costeira Interna, com 3,2%.
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