Feltes antecipou-se a temas que são recorrentes como sugestões apontadas para resolver os problemas financeiros do RS. Ele abordou o esforço para cobrar a dívida ativa de R$ 37 bilhões, mas salientou que 85% deste volume já está em cobrança judicial e que dos créditos de R$ 1,2 bilhão/ano que são recuperados, perto de 90% decorrem de ações administrativas da Receita Estadual. O secretário também observou o esforço que o governo está realizando para ter um levantamento mais preciso sobre os imóveis que poderiam ser leiloados e das limitações legais para enfrentar o déficit da previdência. Ao apresentar um estudo detalhado dos R$ 13 bilhões de incentivos fiscais que são concedidos por ano, Feltes frisou que 44,7% das desonerações são decorrentes de legislação federal. Dos outros R$ 7,2 bilhões de incentivos, procurou mostrar que é preciso moderação quando se defende a sua retirada. "Alguém defende a retirada do incentivo para a cadeia do leite, ou para baratear o preço da cesta básica?", instigou. Ele apontou também as vantagens do Simples Gaúcho, que representam perto de R$ 300 milhões de renúncia, e a política de apoio a setores importantes da economia, como calçados, roupas e móveis. "Esses incentivos, na verdade, são investimentos do Estado no emprego e na competitividade desses segmentos", ilustrou. Alguns incentivos, acrescentou, inclusive estão sendo reavaliados, porém com o cuidado de não acentuar os problemas da nossa indústria. Já sobre as cobranças de que o governo já deveria ter encaminhado novas medidas de ajuste fiscal para superar a crise, Feltes mencionou o cuidado de escolher o momento mais adequado para cada proposta a ser encaminhada à Assembleia Legislativa. Ele observou que o momento econômico do país é complicado para a determinação de ações que possam elevar a carga tributária. "Mas existe o momento financeiro que nos impõe falta de dinheiro para pagar a folha, e acima de tudo existe o momento político. O certo é que a sociedade será provocada a dizer o Estado que quer, precisa e tem condições de manter", destacou. O salão nobre da Federasul lotou com empresários, políticos e autoridades.
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