O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, defendeu hoje (1º) a escolha do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que irá assumir o cargo. “O ministro Cardozo foi procurador do município de São Paulo e é uma pessoa que tem formação jurídica. Acho que terá toda condição de atuar com independência e qualidade. Não é porque ele foi parlamentar que o descredencia para a função”, afirmou Adams antes de reunião com o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Sobre a crítica de advogados públicos à indicação de Cardozo para o cargo, Adams disse que o fato de Cardozo não ser da carreira não o desqualifica para assumir a chefia da AGU. Os membros da Advocacia Pública Federal divulgaram na noite de ontem (29) uma nota de repúdio à nomeação. Eles dizem que a escolha de um nome fora das carreiras que compõem o órgão é um “retrocesso inaceitável” e ignora a lista tríplice apresentada à Presidência da República com os quadros mais votados pelos membros da AGU.
“A AGU, em geral, tem uma pretensão para que seja alguém de carreira. Eu mesmo defendi que fosse alguém de carreira. Agora, o fato de não ser de carreira não o desqualifica”, disse Adams.
Visita ao Senado
Luís Inácio Adams participa nesta terça-feira de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) onde dará explicações sobre a prestação de contas da presidenta Dilma Rousseff de 2014 e aproveitou a vinda ao Congresso para se despedir do presidente da Casa.
“Vim fazer uma despedida hoje e será o último evento que atuo no Congresso como advogado-geral da União. Quero agradecer que sempre tive muita receptividade no Congresso”, disse Adams que deve ter a exoneração publicada no Diário Oficial da União. Adams pediu para deixar a AGU para dar andamento a projetos pessoais. ABr
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