O vice-presidente Michel Temer defendeu a carreira do advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, cotado para ocupar o Ministério da Justiça em um eventual governo Temer, mas negou que tenha feito convite a ele. O vice disse querer corrigir o que chamou de “injustiça grave” em relação ao amigo, após serem veiculadas notícias de que ele assumiria o cargo. Em recentes entrevistas, Mariz afirmou ser contra o instrumento da delação premiada.
Por meio de nota à imprensa, Temer informou que, pela sua relação próxima com Mariz, “tornou-se natural” a citação do quadro para o Ministério da Justiça, mas que “jamais houve convite”. Até a primeira quinzena de maio, o Senado vai decidir se aprova a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
Em caso positivo, ela será afastada e Temer assume temporariamente por até 180 dias. Se os senadores julgarem que Dilma cometeu crime de responsabilidade, o vice-presidente permanece no poder até 2018.
Temer chamou de “especulações” os nomes de “eventuais ministeriáveis” publicados recentemente pela imprensa, e classificou o amigo de “brilhante advogado”, com trajetória de “ética inatacável e comportamento irreparável”.
Embora o vice-presidente tenha dito que, como não houve convite, o nome de Mariz não poderia ter sido eliminado, a expectativa é que ele não ocupe mesmo o cargo. Outros nomes estão sendo cogitados, entre eles ex-ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Quero corrigir essa injustiça, ressaltando a história de vida de Mariz, esse extraordinário amigo, que me incentivou muitíssimo no fortalecimento de nossas instituições. Foi ele quem me apoiou na Assembleia Nacional Constituinte a propor artigo que tornou o advogado função indispensável à administração da Justiça. Mariz é exemplo de dignidade profissional, com renome nacional e internacional. Foi um excelente presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo e excepcional Sscretário de Segurança Pública”, escreveu Temer. ABr
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