A presidenta afastada Dilma Rousseff fez hoje (9) a primeira viagem
ao estado de São Paulo desde seu afastamento pelo processo de impeachment.
Ela foi a Campinas (SP) visitar o canteiro de obras do projeto Sirius,
do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, onde está sendo
construído o acelerador de partículas com o maior brilho do mundo. Dilma
chegou por volta do meio dia e deixou o local às 13h, sem falar com a
imprensa. Durante a visita, a presidenta afastada, acompanhada do
ex-ministro Aloízio Mercadante, recebeu rosas vermelhas de funcionários
do centro. Conversou também com um grupo de universitários que seguravam
cartazes em favor de cotas raciais. Dilma viajou de Brasília à
Campinas em um avião particular, já que o Planalto restringiu o uso de
aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para seus deslocamentos. Após a
visita, ela seguiu para almoço na casa do físico Rogério Cerqueira
Leite, professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp). Protesto Manifestantes
contrários à Dilma concentram-se desde as 11h30 em frente ao condomínio
fechado onde está programado o almoço entre Dilma, professores e
intelectuais. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 30 pessoas fazem
um ato pacífico, bloqueado a Avenida João Paulo I, na cidade de
Campinas. Acompanhada de Mercadante, Dilma recebeu rosas vermelhas de funcionários Rovena Rosa/ABrO
acelerador de elétrons em construção desde dezembro de 2014 têm grande
importância no cenário científico mundial. De acordo com Antônio José
Roque da Silva, diretor do projeto, o acelerador funciona como uma
ponteira de laser, que cobre ultravioleta e, principalmente, Raio X.
Isso gera radiação, com uma luz de altíssimo brilho. “O
acelerador pode penetrar materiais e investigar na escala dos átomos e
das moléculas. Então, é um enorme microscópio que pode ajudar a
investigar remédios, estrutura do cérebro, de tecidos, Zika, novas
sementes e absorção de qualquer elemento por raízes”, explicou. O
projeto é financiado pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação,
com recurso de R$ 1,3 bilhão empenhado, o equivalente a um terço do
necessário para a conclusão das obras. O orçamento é renovado
anualmente. A previsão é que o acelerador comece a operar em 2019. ABr
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