A empresa Speedo, dos Estados Unidos, informou hoje (22) que
decidiu encerrar o patrocínio ao nadador Ryan Lochte, depois que este
admitiu ter mentido para a polícia do Rio de Janeiro ao fazer um relato
de que teria sido vítima de um assalto a mão armada na cidade. A Speedo
Estados Unidos acrescentou que uma parte do dinheiro que seria destinado
ao nadador - cerca de US$ 50 mil - será repassado para ajudar crianças
pobres brasileiras, por meio da ONG Save the Children. E
outra empresa, a Ralph Lauren, que também patrocinou Lochte durante os
Jogos Olímpicos Rio 2016, informou hoje à rede de televisão
norte-americana ABC News que não vai renovar o contrato com o nadador. "A
Speedo Estados Unidos anuncia hoje a decisão de pôr fim ao patrocínio
de Ryan Lochte. Como parte dessa decisão, Speedo Estados Unidos vai doar
uma parte US$ 50 mil da parte referente a Ryan Lochte para a Save the
Children, um parceiro de caridade mundial da empresa-mãe da Speedo
Estados Unidos, para crianças no Brasil ", disse a empresa em
comunicado. O nadador norte-americano Ryan Lochte perdeu patrocínio após mentir sobre assalto no Rio de JaneiroReuters/David Gray/Direitos Reservados
"Embora
tenhamos desfrutado de uma relação vencedora com Ryan Lochte por mais
de uma década e ele tem sido um membro importante da equipe Speedo, não
podemos tolerar um comportamento que é contrário aos valores desta
marca. Agradecemos suas realizações e temos esperança de que ele vá em
frente e aprenda com esta experiência ", acrescentou a empresa. Apoio perdido O
vice-diretor de comunicações da empresa Ralph Lauren, Ryan Lally,
informou hoje que o apoio da empresa ao atleta Ryan Lochte cobre apenas o
período dos Jogos Olímpicos Rio 2016. "A empresa não vai renovar seu
contrato", acrescentou Lally. Em uma recente entrevista, Ryan
Lochte admitiu que usou uma "hipérbole" (exagero) ao fazer um relato de
que teria sido assaltado a mão armada por bandidos disfarçados de
policiais, enquanto ele estava no Rio de Janeiro para participar dos
Jogos Olímpicos. Na entrevista dada à NBC News, Ryan
Lochte negou a veracidade de seu relato inicial, feito à mesma rede de
televisão. No relato inicial, Ryan Lochte tinha dito que, durante os
jogos, ele e três outros nadadores americanos foram detidos por homens
armados depois de deixar uma festa no início da manhã e que a arma
estava engatilhada e apontada para sua testa. "Isso não aconteceu",
disse Lochte na entrevista. A polícia do Rio concluiu que os
eventos descritos Ryan Lochte não aconteceram. As autoridades policiais
informaram que os quatro nadadores envolvidos no incidente agiram como
vândalos em um banheiro de um posto de gasolina e foram confrontados por
seguranças armados. O chefe do Comitê Olímpico dos Estados
Unidos, Scott Blackmun, anunciou no Rio, ontem (21), que uma futura
medida disciplinadora sobre o caso está sendo estudada. Em entrevista,
ele não especificou que medidas disciplinares seriam tomadas, mas deixou
claro que estava descontente com Ryan Lochte e com os outros três
nadadores. "Eles desapontaram os outros atletas, desapontaram os
americanos, e desapontaram os nossos anfitriões no Rio", disse Blackmun. Abr
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