Inicialmente prevista para 2017, a reforma no secretariado do governo José Ivo Sartori será antecipada para este ano. Provavelmente para depois do segundo turno das eleições, que ocorrem em 30 de outubro. Atualmente, quatro pastas são comandadas por interinos ou acumuladas por outros secretários. São os casos da Justiça, coordenada temporariamente por Maria Helena Sartori, secretária do Gabinete de Políticas Sociais; e da Secretaria do Turismo, Esporte e Lazer, acumulada pelo secretário de Cultura, Victor Hugo. Interinamente, estão no comando da Educação, Luís Antônio Alcoba; e do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, José Reovaldo Oltramari. A tendência é a de que a pasta do Planejamento seja fundida com a Secretaria-Geral de Governo, que tem no comando Carlos Búrigo, homem de confiança de Sartori.
Um dos focos das articulações envolvendo as trocas e substituições no primeiro escalão é reforçar a base aliada na Assembleia para minimizar riscos de derrotas em projetos importantes para os planos do governo, como o de redução da máquina pública, que depende de aval do Legislativo. Entre as propostas estão as de extinções, vendas e fusões de órgãos da administração indireta. Algumas delas, dependem de alterações na Constituição Estadual, que estabelece, desde 2002, que casos de alienação, transferência do controle acionário, cisão, incorporação, fusão ou extinção da CEEE, da Companhia Riograndense de Mineração e da Companhia de Gás do Estado, somente podem ser realizadas após plebiscito popular. As duas principais dúvidas são as permanências do chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, e do secretário da Fazenda, Giovani Feltes. Internamente, as apostas são de que Biolchi deve deixar a pasta até o fim do ano, por decisão pessoal, mas que Feltes permanece até resolver questões simbólicas, caso dos parcelamentos da folha do funcionalismo.
Após as urnas
Um dos motivos pelos quais o governo irá aguardar o fim do segundo turno das eleições para realizar a reforma no Secretariado é a possibilidade de aproveitar no governo candidatos majoritários do PMDB e de partidos da base que não sejam vencedores nas urnas. Em tempo: o PTB, que conta com cinco deputados estaduais, segue na mira do Executivo, cujos integrantes ainda acreditam que podem construir o ingresso do partido no governo e o reforço da base na Assembleia .Fonte: Taline Oppitz(Correio do Povo)
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