O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) foi alvo de agressão por motivação política, na noite passada. Ele deixava um restaurante onde jantava com a mulher, Maria Antonia Goulart, e amigas do casal. Xingado e com a mulher ferida, após empurrada pelo agressor, aparentemente desorientado, Lindbergh reagiu. A polícia registrou a agressão na 15aª DP (Gávea).
Lindbergh relatou aos policiais que o casal jantava no restaurante Duo, na Barra da Tijuca, quando o homem começa a xingá-lo. O senador da República foi alvo de palavrões por parte do agressor e de uma mulher que o acompanhava. Questionavam que o político, por ser do PT, não deveria frequentar aquele restaurante.
Aborrecido, Lindbergh decidiu deixar o lugar. Ele, a mulher e o motorista se dirigiam ao estacionamento enquanto o homem insistia nos ataques. O agressor tenta se aproximar de Lindbergh e o motorista do senador intervém. Não satisfeito, chama Lindbergh para a briga. O senador diz que o processaria.
— Estava com a minha mulher e amigas dela em um restaurante, após um evento sobre educação na Barra. Ele começou a me provocar, nós saímos, e ele nos perseguiu até o estacionamento. Só reagi quando ele partiu pra cima de mim e derrubou Maria Antonia no chão. Foi legítima defesa. Estamos vivendo em um ambiente fascista. Agora passo a temer pela segurança da minha família — desabafou Lindbergh.
Nota de esclarecimento
Na tarde deste domingo, diante da repercussão do fato, nas redes sociais, Lindbergh Faria divulgou uma nota, na qual relata o incidente:
“Na noite de sexta, saí para jantar com minha esposa e amigas. Ao final, um indivíduo, sentado em uma mesa próxima, passou a nos insultar e gritar que “quem apoia Lula não pode jantar aqui”. Estávamos saindo, mas o cidadão veio atrás de nós, provocando e ofendendo. Não satisfeito, o homem tirou a camisa, empurrou minha esposa no chão, deixando-a com escoriações no joelho e no braço, e partiu para a agressão física contra mim, que reagi, indignado e em legítima defesa.
“É inaceitável que fatos como este ocorram. Não podemos achar normal que atitudes fascistas aconteçam sem punição. Não serei intimidado pelos porta-vozes do ódio. É lamentável que as ideias sejam substituídas pela violência, que algumas pessoas sintam-se no direito de perseguir, ofender, ameaçar e agredir fisicamente quem pensa diferente, e que tal episódio tenha ocorrido na presença de meus familiares. Registrei queixa na Delegacia de Polícia e tomarei as medidas cabíveis contra os agressores. Espero que estes sejam identificados e punidos, dando um basta na intolerância”, conclui.
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