O Diário Oficial do Estado publicou o nome do coronel Andreis Sílvio Dal’Lago, 54 anos, como novo comandante-geral da Brigada Militar. Ele sucede o coronel Alfeu Freitas Moreira, que está passando obrigatoriamente para a reserva remunerada após 35 anos de corporação. A posse está marcada para o próximo dia 25, a partir das 9h, na Academia de Polícia Militar, no bairro Partenon, em Porto Alegre. O coronel Andreis Sílvio Dal’Lago era o subcomandante-geral da BM, cujo cargo será agora ocupado pelo coronel Mário Ikeda, que deixou na quarta-feira o Comando de Policiamento da Capital.
À frente da BM, o coronel Andreis Silvio Dal´Lago assegurou que a atuação corporação será “muito forte” e baseada em três eixos considerados fundamentais: foco em gestão; investir em tecnologia de informação; e aprofundar a parceria com todos os órgãos de segurança pública em todos os níveis. “Vamos dar um maior grau de efetividade com os recursos que temos”, resumiu.
O oficial citou, como exemplo, que uma das suas metas será a digitalização de todo o sistema de comunicação da BM. “Não podemos conceber que qualquer delinquente esteja na faixa da BM, prejudicando nossas ações”, avaliou. Ele ressaltou ainda o sucesso da Operação Avante, que tem como eixos a análise criminal, inteligência e parcerias com instituições.
Sobre a atual realidade prisional em todo o país, sobretudo o conflito entre as facções Primeiro Comando da Capital, de São Paulo, e Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, o coronel Andreis Silvio Dal´Lago disse que o acompanhamento da situação tem sido realizado pela BM. “É um cuidado e preocupação que nós temos. Nos últimos dois anos estamos aprofundamos isso”, lembrou.
Apesar da possibilidade da guerra entre o PCC e CV chegar ao Rio Grande do Sul como já ocorreu em Santa Catarina, o oficial não acredita na importação do conflito. “Não estamos percebendo por enquanto isso aqui no RS. Não temos nenhuma informação”, revelou, observando as características da criminalidade gaúcha, como muitos grupos pequenos em vez de apenas um ou dois de maior porte.
Para o futuro comandante-geral da BM, a criminalidade aumentou de “modo absurdo” nas regiões metropolitanas do país. “Houve também um aumento do grau de violência nos últimos anos”, assinalou, apontado a disputa do tráfico de drogas como o principal responsável. “Vamos continuar atuando muito forte”, reafirmou, enfatizando que a presença da BM em áreas do tráfico de drogas e locais de execuções deve ser elevada. (Correio do Povo) Foto: Foto: Sgt Luciano Evangelista / PM5 BM / Divulgação / CP
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