Após uma semana marcada por tumultos, a Câmara de Vereadores encerra as atividades do primeiro semestre nesta segunda-feira. A sessão deveria começar com a análise do pedido de impeachment do prefeito Nelson Marchezan Júnior, conforme decisão judicial da última sexta-feira. Porém, logo na abertura dos trabalhos, reviravolta. Uma outra decisão judicial deixou a cargo dos vereadores determinar a ordem dos projetos a serem analisados.
Após reunião dos líderes, ficou definido que a admissibilidade do impeachment ficou para depois dos projetos em regime de urgência.
Marchezan pode encerrar o primeiro semestre do ano com seus principais projetos negados pelo Legislativo e ainda com a abertura de um processo de impeachment. Após a sessão de hoje, a Câmara entre em recesso, que segue até o dia 31.
Pedido de impeachment
A ação do impeachment foi impetrada pelo ex-colega de partido do prefeito e ex-candidato a deputado federal, Paulo Adir Ferreira, questionando repasse de R$ 48,7 milhões da prefeitura à Carris. Em nota oficial, a prefeitura defendeu a legalidade dos repasses financeiros à Carris. "O orçamento de 2017 foi de R$ 6,9 bilhões, o que significa que o chefe do Executivo tinha por lei a autorização para suplementos de até R$ 694 milhões ao longo do ano", afirma o texto, ao justificar a suplementação de "cerca de R$ 39 milhões" do total dos R$ 694 milhões à companhia. "Portanto, a prefeitura agiu rigorosamente dentro da lei no processo de transferência de créditos adicionais suplementares para atender às necessidades financeiras da Carris". enfatiza a nota.
Este é o segundo pedido de impeachment contra marchezan. Em 2017, a Câmara rejeitou o primeiro pedido de por 28 votos a sete. Apenas as bancadas do PT e do PSol se posicionaram pela continuidade do processo. A solicitação de afastamento havia sido protocolada por um grupo de taxistas sob alegação de que o município vinha abrindo mão de receitas ao não cobrar de motoristas de aplicativos como Cabify e Uber a taxa de gerenciamento operacional (TGO).
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