A candidatura ao Senado por Minas Gerais da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) teve um pedido de impugnação registrado no Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-MG) na quarta-feira. A impugnação foi protocolada pelo candidato a deputado estadual Leonardo Vitor (PSC), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL) e usa como justificativa o processo de impeachment enfrentado pela candidata petista em 2016.
De acordo com o pedido, que foi entregue no mesmo dia em que a ex-presidente registrou a candidatura, Dilma não pode concorrer a cargos públicos por ter sido condenada por crime de responsabilidade. No documento, Leonardo Vitor alega que o "fatiamento" do impedimento - a votação no Senado não declarou Dilma inelegível - é inconstitucional.
Por meio de nota, a petista afirmou que Vitor é "um testa de ferro dos tucanos, um laranja do MBL".
"O esforço dos golpistas de me calar é odioso. Querem, agora, impedir que o povo de Minas escolha nas urnas quem representará o Estado no Senado da República", declarou a ex-presidente no comunicado.
O professor de direito eleitoral da UFMG Rodolfo Viana afirmou que, mesmo pela Lei da Ficha Limpa, Dilma pode se candidatar nas eleições de outubro pois o artigo que regula os critérios de inelegibilidade por cassação exclui o cargo de presidente da República.
(Estadão) Foto: PT Divulgação
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